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Novobanco prevê distribuir 3,5 mil milhões de euros aos acionistas nos próximos três anos

Mark Bourke, CEO do Novobanco, foi ainda questionado pelo impacto da queda do Governo nas decisões sobre o IPO (Oferta Pública Inicial) ou outros cenários. Na resposta o banqueiro não se mostrou preocupado com o impacto no IPO da eventual mudança de Governo.
6 Março 2025, 12h11

Na muito longa apresentação a analistas, a administração do Novobanco revelou que vai distribuir aos acionistas 3,3 mil milhões nos próximos três anos. A que acrescem os 224,6 milhões de euros relativos ao resultado do segundo semestre de  2024 que o banco vai levar à Assembleia Geral a realizar no dia 21 de março deste ano, refletindo um pay-out de 60% do resultado do segundo semestre.

Os 3,3 mil milhões previstos estão dependentes da execução com sucesso do “medium term plan” que foi anunciado na conference call e resultam da soma do dividendos especial de 1,1 mil milhões de euros que irá distribuir assim que tenha autorização do Banco Central Europeu para a redução de capital prevista, o que deverá acontecer “nas próximas semanas ou meses”; e dos 2,2 mil milhões de euros que tem no guidance para dividendos e share buybacks (distribuição de excesso e capital) nos próximos três anos. Esta estimativa baseia-se na manutenção de um rácio de capital CET1 (na versão fully loaded) de entre 13% a 13,5%.

A rentabilidade dos capitais próprios tangíveis (RoTE) é previsto ser superior a 20% no médio prazo a partir já desde ano.

O banco tem uma meta de um payout entre 40% a 60%.

As metas para 2025 e para o médio prazo passa por um crescimento médio anual de 3% na carteira de crédito. As receitas core (produto bancário comercial) é de cerca de 1,4 mil milhões para este ano e acima de 1,5 mil milhões a médio prazo. O rácio de eficiência no plano a médio prazo é de cerca de 32% e este ano o banco espera descer para 35%.

O custo do risco de crédito, que mede a entrada de créditos na classificação de em risco, deverá, no plano do banco ser de cerca de 20 a 30 pontos base (este ano e no médio prazo).

Mark Bourke, CEO do Novobanco, foi ainda questionado pelo impacto da queda do Governo nas decisões sobre o IPO (Oferta Pública Inicial) ou outros cenários. Na resposta o banqueiro não se mostrou preocupado com o impacto da eventual mudança de Governo, porque considera que o futuro da participação do Estado enquanto acionista, que é de 11,46% a que acresce 13,54% do Fundo de Resolução, não é uma decisão política.

Durante a apresentação aos analistas, a administração analisou o mercado bancário português que considerou razoavelmente concentrado mas não excessivamente concentrado.

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