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Crise política deve ser resolvida “de forma urgente”, diz Gouveia e Melo

Candidato ainda não oficial a Belém “não comenta o que o Presidente da República faz ou não faz”, como fez Luís Marques Mendes ao sugerir que Marcelo seguisse passos para evitar eleições antecipadas.
Lusa
7 Março 2025, 11h51

O almirante Gouveia e Melo assinalou esta sexta-feira que a instabilidade política que se vive em Portugal deve ser resolvida de “forma urgente”, mas escusou-se a tecer considerações sobre se o Presidente da República ainda pode evitar um cenário de eleições antecipadas como defendeu o candidato presidencial Marques Mendes. “Não faço comentário político”, atirou em declarações aos jornalistas.

Questionado várias vezes sobre se concorda com a posição do antigo comentador político e agora candidato a Belém, Gouveia e Melo disse não comentar “o que o Presidente da República faz ou não”. E se estivesse no lugar de Marcelo Rebelo de Sousa: “Além de não fazer comentário, não faço especulação”, respondeu.

Sobre a crise política, Gouveia e Melo sublinhou que “os atores políticos que são eleitos devem resolver a situação de forma urgente”, porque “todos nós precisamos de estabilidade e credibilidade”. “A solução tem de aparecer. Quanto mais tarde aparecer, mais instabilidade existe. Precisamos de estabilidade governativa”, vincou.

Quanto ao calendário para se apresentar oficialmente como candidato a Presidente da República, o ex-chefe da Armada apenas disse que “o tempo tem a sua própria natureza”, havendo, neste momento, assuntos “muito mais urgentes” a preocupar os portugueses, pelo que “não devemos estar a discutir outros cenários menos urgentes. O que está em cima da mesa é eleições ou não”.

Questionado sobre se se está a honrar a democracia, Gouveia e Melo declarou que a democracia é honrada sempre que o processo democrático está em curso. “Não me parece a mim que o processo democrático não esteja em curso”, disse, acrescentando que esse processo “tem os seus tempos” mas, face à crise internacional, “os portugueses desejam uma solução urgente, que dê estabilidade e credibilidade”.

“Neste momento, precisamos de reganhar estabilidade. Não é bom termos instabilidade interna a somar a uma forte instabilidade externa que põe, não só o mundo em risco, como indiretamente afeta Portugal”, rematou o candidato ainda não assumido a Belém.

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