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Trump sem contemplações: Boeing 737 Max proibido de voar nos EUA

Portugal está entre os 53 países que proibiram os voos deste aparelho. EUA decretou esta tarde que nenhum Boeing modelo 737 Max 8 possa voar no país.
13 Março 2019, 19h04

O presidente norte-americano Donald Trump ordenou hoje a proibição que decreta que nenhum Boeing modelo 737 Max 8 possa levantar voo ou entrar no espaço aéreo norte-americano. A medida vale para o modelo 8 quanto para o 9 – fabricados pela empresa norte-americana.

“Os pilotos foram notificados, as companhias foram todas notificadas. As empresas aéreas concordam com isso. A segurança do povo norte-americano e de todas as pessoas é a nossa maior preocupação”, declarou Trump na Casa Branca.

Os EUA juntam-se aos 53 países que suspenderam os voos com aeronaves Boeing. Em casos concretos, foram as próprias companhias aéreas norte-americanas que decidiram deixar de voar com aviões deste tipo.

A ordem de Trump foi anunciada depois de vários pilotos americanos relatarem incidentes com os comandos do Boeing 737 MAX 8. Segundo documentos públicos, vários dos incidentes parecem estar relacionados com o sistema de controlo destinado a evitar a desestabilização da aeronave.

Portugal, Brasil e Guiné Equatorial estão entre os 53 países que interditaram os seus espaços aéreos ou viram companhias nacionais suspender temporariamente a utilização de aeronaves Boeing 737 Max, depois da queda do aparelho da Ethiopian Airlines, no domingo.

A queda do aparelho da companhia aérea etíope, um Boeing 737-8 Max, que matou as 157 pessoas que seguiam a bordo, apresenta semelhanças sensíveis ao incidente de outubro último, com outro Boeing do mesmo modelo pertencente à Lion Air, uma companhia da Indonésia, que matou 189 passageiros e tripulação.

Os dois incidentes levaram um número crescente de países a fechar os respetivos espaços aéreos, assim como de companhias a decidirem imobilizar os novos Boeing (737-8 Max e 737-9 Max).

Os dois novos modelos da Boeing são os atuais campeões de vendas da construtora aeronáutica norte-americana, mas os 376 aparelhos entregues até fevereiro a companhias aéreas e de ‘leasing’ em todo o mundo, é um número ainda relativamente pequeno, quando comparado com um total de 24.400 aeronaves do construtor norte-americano a sobrevoar o planeta em finais de 2017.

Ao grupo de países que seguiram a decisão da autoridade de aviação civil da China, e depois da Etiópia e da Mongólia na segunda-feira, juntaram-se no dia seguinte os 28 membros da União Europeia, entre vários outros países, e ascende agora a 52 o número de capitais que anunciaram o encerramento dos respetivos espaços aéreos ou a imobilização de aparelhos daqueles modelos.

(em atualização)

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