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Ouro atinge barreira dos três mil dólares numa “tempestade perfeita” para os metais preciosos

O metal dourado quebrou a marca confirmando a sua tendência de crescimento em 2025, que se situa nos 12,7%. Desde o início de 2024, o preço da onça de ouro aumentou 45,8%.
14 Março 2025, 11h20

O ouro atingiu os três mil dólares por onça esta sexta-feira, dando assim continuidade à sua tendência de crescimento em 2025, que se situa nos 12,7%. Desde o início de 2024, o preço da onça de ouro aumentou 45,8%, informa o jornal espanhol “El Economista”.

A mais recente subida dos preços do ouro é uma das mais agressivas da história, comparável aos aumentos observados durante a crise petrolífera no final da década de 1970 ou aos que ocorreram durante a crise da dívida europeia, atingindo o seu pico em 2012.

Um crescimento que os analistas defendem que resulta de uma “tempestade perfeita” para os metais preciosos com as crises económicas e também as guerras que levam os investidores a procurar no ouro um investimento seguro.

Donald Trump iniciou uma investigação sobre o comércio de cobre, o que “poderá resultar na inclusão do metal nas medidas protecionistas. Esta incerteza contribuiu para uma ligeira correção nos contratos futuros do cobre”, indica a XTB.

Também o Irão tem vindo a aumentar significativamente as suas reservas de ouro como medida de proteção contra a instabilidade económica e as sanções impostas pelos Estados Unidos.

Recorda a XTB que no final de fevereiro, o Irão tinha importado mais de 100 toneladas de barras de ouro, representando um crescimento superior de 300% face ao ano anterior.

Por sua vez, o presidente do Banco Central iraniano, Mohammad Reza Farzin, revelou que 20% das reservas de divisas do país foram convertidas em ouro, refletindo uma estratégia para reduzir a exposição ao dólar americano e reforçar ativos com valor intrínseco para o comércio internacional.

“Este movimento ocorre num contexto de renovada pressão económica sobre Teerão, impulsionada pela política de “pressão máxima” da administração Trump”, indica a corretora.

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