O salário mínimo tem subido nos últimos anos em valor e na prevalência no emprego em Portugal, sobretudo em setores como o turismo ou a construção, mostra um estudo do Banco de Portugal (BdP). A economia nacional é mesmo aquela onde este instrumento mais se aproxima do salário médio no espaço da moeda única, sendo cada vez mais difícil aos trabalhadores saírem do escalão mais baixo de remunerações.
O Boletim Económico de março do BdP destaca como ‘Políticas em análise’ a evolução da remuneração mínima garantida na nossa economia, normalmente chamada de salário mínimo nacional (SMN), um valor que tem sido atualizado em alta significativa nos anos em análise – neste caso, entre 2015 e 2022. A população que recebe este valor saltou de 18% do emprego para 22,8%, uma tendência transversal aos vários tipos de trabalhador e por ramos de atividade.
Portugal chegou a ser o país com maior desigualdade salarial na Europa no início do século, uma situação que as subidas a partir de 2006 do SMN ajudaram a combater, denota o economista e investigador Carlos Oliveira. A sua pesquisa conclui que, apesar dos aumentos moderados de salários entre 2006 e 2019 em Portugal, 38% dos mesmos são explicados pela subida do SMN, que teve um efeito de arrastamento por toda a composição salarial.
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