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Ricardo Evangelista: “Postura menos restritiva da Fed pode pressionar ainda mais o dólar e beneficiar o ouro”

“Neste contexto de fragilidade económica e incerteza geopolítica crescente, a procura por ouro deverá continuar elevada”, salienta o CEO do ActivTrades Europe, Ricardo Evangelista.
18 Março 2025, 11h14

O preço do ouro tem estado em alta levando mesmo à obtenção de máximos, e ao ultrapassar dos três mil dólares por onça (3.279 euros). A procura por este metal continua elevado com os investidores a “reforçarem posições em ativos de refúgio”, destaca esta terça-feira o CEO da ActivTrades Europe, Ricardo Evangelista, que alerta também que uma postura menos restritiva da Reserva Federal norte-americana (Fed), que se reúne esta quarta-feira, pode pressionar ainda mais o dólar e fazer subir o ouro.

Esta terça-feira o ouro está a subir 0,89% para os 3.032,90 dólares enquanto que o euro está a valorizar 0,10% para os 1,09327 dólares.

“O mercado parece estar à procura de proteção contra o possível impacto das mais recentes políticas dos Estados Unidos, num contexto de crescente risco de recessão na economia norte-americana”, salienta Ricardo Evangelista.

O CEO da ActivTrades Europe diz ainda que dados económicos mais recentes da economia norte-americana, como por exemplo os da inflação, da confiança empresarial e das vendas a retalho, ficaram “aquém das expectativas” o que levou ao “reforçar dos sinais de desaceleração” nos Estados Unidos.

“Neste contexto de fragilidade económica e incerteza geopolítica crescente, a procura por ouro deverá continuar elevada”, salienta Ricardo Evangelista.

O CEO da ActivTrades Europe acrescenta que a desaceleração da economia dos Estados Unidos “está a alimentar expectativas” de pelo menos três cortes de juros por parte da Fed este ano, “aumentando a atenção sobre a reunião do Federal Open Market Committee (FOMC) [órgão responsável pela política monetária]” desta quarta-feira.

“Qualquer sinal de uma postura menos restritiva da Fed poderá pressionar ainda mais o dólar, beneficiando o ouro devido à sua correlação inversa com a moeda norte-americana”, defende Ricardo Evangelista.

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