O PCP perguntou hoje aos ministros da Educação e da Cultura se tencionam fornecer um novo espaço para a Academia de Amadores de Música, que terá de deixar as suais atuais instalações devido a um aumento da renda.
Em duas perguntas dirigidas a Fernando Alexandre e Dalila Rodrigues através do parlamento, o PCP salienta que a Academia de Amadores de Música se encontra “numa situação muito complexa, tendo sido notificada da não renovação do contrato de arrendamento referente às instalações onde desenvolvem a sua atividade e de não se ter ainda encontrado, por parte da Câmara Municipal de Lisboa, uma resposta que permita a manutenção” da sua atividade”.
O partido refere que, segundo foi noticiado, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, pediu ao Governo para ajudar a resolver a situação, tendo a direção da Academia de Amadores de Música reunido “com vários membros do Governo”.
“Nomeadamente com o Ministério da Cultura, que não deu qualquer solução, e com o Ministério da Educação, Ciência e Inovação, cuja solução apontada foi o antigo edifício onde se encontrava a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FSCH), propriedade da ESTAMO, que pediu a título de renda entre 6.000 e 7.000 euros, valor incomportável”, lê-se.
O PCP pergunta aos ministros da Educação e da Cultura se o Governo irá “garantir um espaço para que a Academia de Amadores de Música mantenha a sua atividade regular enquanto escola do ensino artístico especializado e associação cultural”.
Nestas perguntas, assinada pela líder parlamentar do PCP, Paula Santos, e pelo deputado António Filipe, o partido recorda que a Academia de Amadores de Música foi fundada em 1884 e conta “com mais de 300 estudantes e 40 professores”.
A Academia de Amadores de Música realiza hoje um protesto em frente à Câmara de Lisboa, na Praça do Município, para exigir novas instalações na cidade, no dia em que a instituição celebra o seu 141.º aniversário.
Num comunicado divulgado na sexta-feira, a Academia de Amadores de Música, que se encontra instalada num edifício na Rua Nova da Trindade, no Chiado, do qual terá de sair daqui a menos de seis meses, disse que “a manutenção desta instituição num regime com nova renda e sem garantias de proteção para lá de 2027 se tornou inviável”.
Fundada em 18 de março de 1884, contabilizando 140 anos de atividade contínua, sendo a mais antiga escola artística privada do país em funcionamento, a AAM tem de abandonar as atuais instalações no Chiado “até ao final do mês de agosto deste ano”, por incapacidade para pagar a nova renda, que passou de 542 euros para 3.728, pondo em causa o ensino de música de 320 alunos e o emprego de 40 professores.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com