Segundo Elon Musk, as características do modelo Cybertruck fazem deste veículo um dos “melhores produtos de todos os tempos”: é um veículo de aço inoxidável e ultra resistente, cujo vidro aguenta o impacto de uma bola de basebol a 112 km/h, tem uma capacidade de reboque de 4990 quilos e vai dos zero aos 100 km/h em 2,7 segundos. Esta pick-up pouco convencional rapidamente se tornou a mais vendida do seu segmento nos Estados Unidos. Agora, a euforia deu lugar à depressão. A Tesla mandou recolher todos os 46 mil Cybertrucks que vendeu nos Estados Unidos devido a problemas nos painéis de aço inoxidável. Já antes, a empresa tinha anunciado recolher 11 mil veículos com problemas no acelerador.
Numa altura em que as vendas da Cybertruck nos EUA caíram 32,5% entre janeiro e fevereiro, para um número estimado de 2.619 unidades, foi solicitado a todos os proprietários das unidades produzidas entre novembro de 2023 e 27 de fevereiro de 2024 que se dirigissem a um concessionário da marca para avaliação. Para pior ainda mais a situação, a Tesla chegou a valer 1,5 biliões de dólares em dezembro, após a eleição de Donald Trump, mas desde então já desvalorizou 34% – Elon Musk pediu recentemente aos investidores para que não vendessem os títulos da fabricante de veículos elétricos, já que prevê que a empresa tenha um ano “brilhante”.
As manifestações contra Elon Musk são frequentes nos Estados Unidos. Perto de uma centena de pessoas juntou-se esta semana frente a um stand da Tesla, num bairro de Georgetown, em Washington. Os manifestantes acusam o bilionário de ser o rosto de uma campanha agressiva de demissões no setor público norte-americano. O Departamento de Eficiência do Governo (DOGE) já despediu cem mil pessoas e fechou vários serviços públicos.
Em contraponto, as vendas da BYD dispararam 29% em 2024 e atingiram os 107 mil milhões de dólares (99 mil milhões de euros). Foi a primeira vez que superou os 100 mil milhões de dólares. A marca bateu as receitas da sua rival Tesla que atingiu receitas de 98 mil milhões de dólares no mesmo período.. E já depois de ter revelado um sistema de carregamento que, segundo a empresa, permite carregar 400 km em apenas 5 minutos. As ações da BYD, cotadas em Hong Kong, subiram mais de 50% este ano.
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