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Moçambique leva robótica, inteligência artificial, drones e barco robô à Expo 2025

A participação moçambicana da Expo 2025, que vai decorrer em Osaka, no Japão, de 13 de abril a 13 de outubro, foi apresentada hoje em Maputo e prevê um pavilhão de 308 metros quadrados, composto por um piso térreo, com exposições permanentes e temporárias, e um piso superior para eventos paralelos como seminários, palestras e projeção regular de vídeos sobre as potencialidades económicas, turísticas e culturais de Moçambique.
27 Março 2025, 17h51

Drones construídos em casa ou um barco robô de investigação oceanográfica são dois projetos que Moçambique vai levar à Expo 2025, no Japão, entre 14 iniciativas específicas em inteligência artificial e robótica selecionadas pelo país, foi hoje anunciado.

“São drones feitos de forma artesanal, por um jovem. Posso dizer que, de alguma forma, é uma interpelação à indústria convencional da robótica. (…) É muito importante levá-lo a este panorama mundial para que se perceba o potencial que nós temos”, explicou Larsen Vales, curador da exposição que Moçambique leva ao Japão.

A participação moçambicana da Expo 2025, que vai decorrer em Osaka, no Japão, de 13 de abril a 13 de outubro, foi apresentada hoje em Maputo e prevê um pavilhão de 308 metros quadrados, composto por um piso térreo, com exposições permanentes e temporárias, e um piso superior para eventos paralelos como seminários, palestras e projeção regular de vídeos sobre as potencialidades económicas, turísticas e culturais de Moçambique.

A Expo 2025 decorrerá sob o lema “Projetando a sociedade do futuro para nossas vidas”, sendo que Moçambique adotou o tema “Educação e Trabalho utilizando Inteligência Artificial e Robótica”, subordinado ao subtema “Empoderando vidas”.

Com a escolha do tema, explica o Comissariado Geral de Moçambique para a Expo 2025, o país procura “estimular o uso da inteligência artificial e da robótica no contexto do desenvolvimento sustentável”, com foco na educação e projetando este tipo de soluções para o período pós-cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos pelas Nações Unidas, até 2030.

Neste sentido, explica ainda o comissariado, foram selecionadas 14 iniciativas específicas em inteligência artificial e robótica, destacando-se “casos de sucesso e projetos de inovação tecnológica”, com conteúdos que “ilustram questões sobre inovação dos processos de patrimonialização, processos integrados, menos dispendiosos e mais responsáveis, saúde e bem-estar, preservação ambiental e resiliência às mudanças climáticas, cidades inteligentes e sustentáveis dentro dos ODS”.

“As 14 iniciativas que nós vamos apresentar são de inteligência artificial, são de robótica e temos algumas que são mistas”, explicou Larsen Vales, acrescentando: “Não são um fim, são um meio. O fim é resolver problemas locais. Soluções locais, para problemas locais, trazendo como mais-valia a inteligência artificial e a robótica”.

O objetivo é “simplificar processos”, reduzir custos e aumentar a segurança, com projetos locais, como um barco robô que integra os 14 projetos que Moçambique leva à Expo 2025.

“Este barco robô traz logo à ‘priori’ duas vantagens, sendo implementado. Sendo ele destinado à investigação oceanográfica, baixa drasticamente os custos de aquisição e operação, mas também reduz os riscos dos tripulantes. Sendo tripulado e monitorizado à distância, não temos necessidade de colocar o homem em determinadas zonas de perigo do oceano”, apontou o curador da participação moçambicana.

O objetivo desta aposta, defendeu o comissário-geral da participação moçambicana na Expo 2025, Riduan Adamo, é “projetar o país para este tipo de soluções no pós-2030”

Além disso, disse, o país vai também divulgar na exposição a aposta na certificação “made in Moçambique”, incluindo todas as províncias, prevendo-se 16 de junho como o dia nacional da Expo 2025.

“É uma oportunidade de promover a imagem do país e das suas potencialidade e também, e sobretudo, mobilizar parcerias estratégicas para catapultar o desenvolvimento socioeconómico do nosso país”, concluiu Riduan Adamo.

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