BCP tomba quase 10% e bolsas dão sequência às perdas

As bolsas europeias estão a registar perdas fortes no meio da sessão desta sexta-feira. Lisboa segue pelo mesmo caminho, na medida em que o índice PSI está a recuar 3,37%, até aos 6.732 pontos.

O BCP acompanha as quedas expressivas da banca europeia, ao desvalorizar 9,56%, pelo que as ações se ficam pelos 0,4893 euros. Seguem-se descidas de 7,87% para 3,114 euros na Mota-Engil, 5,49% até aos 14,37 euros na Galp, 4,48% para 7,25 euros nos CTT, ao passo que a NOS resvalou 3,12%, até aos 4,35 euros.

O sentimento é de tal forma negativo que todas as cotadas estão a ser negociadas em terreno negativo.

No exterior, as quedas são ainda mais agressivas, em particular no setor da banca. Itália perde 7,22%, ao mesmo tempo que há recuos de 6,39% em Espanha, 5,29% na Alemanha, 4,72% em França e 3,98% no Reino Unido. Ao mesmo tempo, o índice agregado Euro Stoxx 50 recua 5,16%.

“Os principais índices de ações europeus vivem mais uma sessão de perdas expressivas. Os investidores continuam a reagir muito negativamente às tarifas impostas por Donald Trump na quarta-feira”, pode ler-se na análise do Departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.

“Ontem Wall Street registou o maior tombo desde junho de 2020, com o índice tecnológico, o Nasdaq 100, a cair mais de 5%. Os receios de que a guerra tarifária gere impacto económico significativo está a levar a uma descida das taxas de juro de dívida soberana, gerando um ambiente muito desfavorável para a Banca, que perde mais de 7%, arrastando o BCP, que é quem mais recua no PSI”, apontam os analistas.

“Setores cíclicos são igualmente muito afetados pela conjuntura. O energético vê os preços do petróleo recuarem mais de 3%, depois da OPEP+ ter anunciado um aumento no fornecimento de petróleo três vezes acima do que estava planeado para o mês de maio”, salientam ainda.

“Da parte da tarde os investidores irão estar atentos aos dados de emprego nos Estados Unidos”, escreve-se ainda.