As bolsas europeias seguem o sentimento negativo com que acordaram na Ásia, no sentido em que os índices de referência estão a cair perto de 5%, no meio da sessão desta segunda-feira.
As tarifas de Donald Trump continuam a fazer mossa nos mercados de todo o mundo e, não obstante o clima de elevada volatilidade, há um evidente desânimo entre as principais praças, não apenas na Europa.
Em Lisboa, o índice PSI contrai 4,94% e fica-se pelos 6.308 pontos, numa altura em que todas as cotadas estão a negociar em terreno negativo. As perdas mais expressivas são de 7,19% nas ações da EDP, até aos 2,92euros, ao mesmo tempo que a EDP Renováveis escorrega 7,13% para 6,84 euros.
Ao mesmo tempo a Galp recua 6,28% para 13,50 euros, castigada pelas descidas ao nível dos futuros dos produtos petrolíferos. Há ainda contrações de 5,14% na REN até aos 2,675 euros e de 5,12% na Ibersol para 8,16 euros.
No exterior, registam-se tombos de 4,68% em Espanha, 4,54% em Itália, 4,17% na Alemanha, 3,93% em França e 3,76% no Reino Unido. Em simultâneo, o índice agregado Euro Stoxx 50 recua 3,80%.
Nos futuros, o Brent cai 2,06% para 64,24 dólares por barril, ao passo que o crude perde 2,21% e fica-se pelos 60,62 dólares por barril.
“É mais um dia de sell-off nos mercados de ações. Na Ásia o Hang Seng tombou mais de 13%, registando a pior sessão desde a crise financeira de 2008″, salienta-se na análise do Departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.
“Os futuros sobre os principais índices norte-americanos apontam na mesma direção. Na Europa o DAX chegou a perder cerca de 10%, mas, entretanto, há algum alívio do pessimismo. A Rheinmetall, que tem estado entre as favoritas dos investidores, chegou a recuar quase 30% logo no arranque da sessão, sendo que desde esse mínimo do dia já valorizou cerca de 25%”, apontam os analistas.
“Os preços do petróleo em Nova Iorque já estão abaixo dos 60 dólares por barril pela primeira vez desde 2021, castigando o setor energético. O de alimentação era o que menos recuava, mas mesmo assim descia mais de 4%”, pode ler-se na mesma análise.
“Os receios económicos provocados pela atual guerra de tarifas fez escalar a volatilidade nos mercados para níveis já não vistos desde a pandemia, o que, historicamente, até tem revelado oportunidades, mesmo que de curto prazo”, acrescenta-se.
“No fim de semana a China terá discutido medidas para estabilizar a economia e os mercados face a ataque tarifário do país, incluindo se deve acelerar os planos de estímulos para impulsionar o consumo”, finalizam os analistas.
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