[weglot_switcher]

HPE festeja 10º aniversário com uma receita trimestral de 7,2 mil milhões de euros

A primeira startup do mítico Silicon Valley, a HP, iniciou a sua atividade em 1939 por Bill Hewlett e David Packard. Em 2015 a empresa sofreu uma restruturação, na qual foram criadas duas empresas, a HP Inc, que ficou com o negócio dos computadores e impressoras, e a HPE, que se dedica à edge-to-cloud.
16 Maio 2025, 15h31

Em dez anos muito pode acontecer, muita mudança ocorreu, transformações e revoluções, principalmente numa área como a tecnológica. Dez anos é a idade que a HPE celebra este ano, uma idade da qual faz um balanço positivo.

Ao jornal Económico, o managing director da HPE Portugal, Dennis Teixeira, revela que vê “com bastante agrado aquilo que foram os dez anos passados e isto também nos deixa otimistas, obviamente, para o futuro”.

A história da HPE remonta à HP, que foi a criada por dois colegas de faculdade, Bill Hewlett e Dave Packard, numa garagem arrendada, sendo uma startup original do Silicon Valley.

Em 2014, com 75 anos de história, a empresa decide-se separar, criando duas empresas a HP e a HPE. A primeira fica responsável pela comercialização do negócio de impressão do grupo e será responsável pelos sistemas pessoais. Já a HPE assume os negócios de infraestrutura tecnológica, software e serviços.

Passados 10 anos, a empresa atingiu uma receita de 7,2 mil milhões de euros no primeiro trimestre do ano, o que representa um aumento face ao período homólogo.

Dennis Teixeira refere que este crescimento foi acompanhado em todas as áreas, “a nossa área de networking teve um crescimento sequencial, a área de hybrid cloud subiu 11% e, a área que aumentou mais, a de servidores e computação, cresceu 30%”.

Com olhos postos no segundo trimestre, a empresa está focada “em fornecer soluções que vão desde o Edge à Cloud, passando pelos temas da Inteligência Artificial (IA), que hoje são incontornáveis”, afirma.

O empenho da empresa também vai visar ambientes híbrido, uma vez que entende que o “mundo do IT vai ser híbrido”, contudo a empresa não pretende forçar os seus clientes a esta dinâmica, uma vez que considera que “vão coexistir e que, no fundo é na ligação destes dois mundos, do datacenter privado e da cloud pública que os clientes vão privilegiar”.

Para além desta nova dinâmica na área, a empresa tem também de acompanhar outra revolução tecnológica que tem acontecido, a IA. “A competição da IA vai ainda ser maior agora”.

“Nós acreditamos que há neste momento, de alguma incerteza geopolítica, e o que a história nos diz é que normalmente, nestes períodos de instabilidade, as tecnologias disruptivas sofrem uma aceleração ainda maior do ponto de vista da adoção pelas mais diversas razões”, refere.

Dennis afirma que olha para a IA em duas vertentes “uma vertente da componente do uso pessoal do indivíduo. Como é que o indivíduo vai interagir com a IA? E na vertente da IA para a evolução da forma como as empresas fazem negócios e como otimizam os seus negócios”.

“É neste último que se vai dar a grande revolução e transformação nos próximos anos. É precisamente na forma como as empresas vão utilizar a IA para melhorar a eficiência dos seus negócios e, eventualmente, reinventarem os seus modelos de negócio”, revelou.

A possível guerra comercial tem vindo alterar dinâmicas empresarias, contudo, a HPE continua com a estratégia que tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos “e que se centra numa oferta a que nós chamamos HPE Green Lake”, afirma Dennis Teixeira.

Esta é uma solução de “Hybrid Cloud por By Design, ou seja, é uma solução em que nós olhamos para o mundo híbrido já de uma forma planeada e por desenho e não por acidente”.

“Portanto, esta estratégia passa por disponibilizar hardware, quer seja de armazenamento ou computação, e software dentro desta plataforma Green Lake, disponibilizando interconectividade com as clouds públicas”, explicou.

Para além desta solução que a empresa disponibiliza, também existe a Morpheus, uma solução que “permite gerir de uma forma automática e inteligente toda a infraestrutura e, portanto, conseguir dar exatamente a mesma experiência de utilização, independentemente do local onde estejam as cargas de trabalho”.

Com todas as opções que a empresa disponibiliza, há um ponto que considera fulcral em todas elas, a cibersegurança. “A cibersegurança e ciber- resiliência são extremamente importantes para todas as organizações”, sublinha.

“Nas atuais circunstâncias, os clientes vão ter muito cuidado com o controlo, a segurança, a localização e privacidade dos dados”.

A empresa tem a sua própria Comissão de Avaliação e Comissão de Ética sobre a Inteligência Artificial, no entanto está sempre ciente das regras de todos os mercados em que opera.

Dennis Teixeira assumiu a sua posição de liderança no grupo em novembro do ano passado, mas já faz um balanço positivo destes meses. “Tem sido uma experiência incrível. Eu já estava na empresa há muitos anos, já fazia parte da gestão da empresa nos últimos anos e, portanto, tem sido muito interessante, sendo um projeto de continuidade”, afirmou.

A empresa marca sempre a agenda com dois eventos mundiais, um em Las Vegas e outro em Barcelona, nos quais aproveita para dar a conhecer as suas novidades.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.