Na viragem do século, um evento chamado Boom Festival, tornou-se um polo aglutinador de correntes de pensamento ligadas a novos paradigmas. Longe dos grandes centros urbanos, o Boom escolhe o interior de Portugal para dar lastro a conceitos como arte visionária, teoria das cordas, abduções e permacultura – o sistema de criação de habitats humanos em harmonia com a natureza. Ao entretenimento, da música à performance passando pela videoarte, juntaram-se escritores, cientistas, terapeutas, artistas plásticos e ecologistas. Novos públicos afluem a Idanha-a-Nova e a sensibilização ecológica, como ponte entre artes e formas de expressão, afirma-se, inequivocamente, como a força motriz do Boom.
Foi tudo isso que trouxe Daniel Popper, escultor e artista multidisciplinar ao Boom Festival, em 2010. Nasceu na África do Sul e estudou artes, mas não se revia como pintor. Da sua experimentação emergiu, primeiro, a escultura, e depois a escala. No seu caso, a grande escala, ou, se quiserem, esculturas “bigger than life”. Uma coisa leva a outra e regressa ao Boom em 2012, desta vez, para criar o “templo da dança”. Porquê? Porque o seu percurso artístico é profundamente marcado pela relação simbiótica entre humanos e natureza. E porque as suas esculturas não são simplesmente objetos estáticos, mas também experiências que pedem contemplação, interação e uma reavaliação do lugar do ser humano dentro do ecossistema.
A ideia de interconexão entre todos os seres vivos é muito cara a Daniel. Melhor, é “A” (com maiúscula) mensagem que o artista quer transmitir através das instalações que tem criado para vários festivais de música e espaços públicos em todo o mundo. E, muito em breve, de 17 a 24 de julho, o mundo estará em Idanha-a-Nova, incluindo, claro, Daniel Popper.
Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com