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Preços do cacau e do açúcar ameaçam tirar doçura à Páscoa

Os preços das duas matérias-primas têm estado sob pressão devido a diversos fatores.
17 Abril 2025, 20h53

É um momento importante do calendário católico e é um dos momentos anuais que junta à mesa toda a família. Borrego ou cabrito são algumas das escolhas para prato principal pelo país fora, mas na hora da sobremesa os preços do cacau ou do açúcar podem causar amargor nesta Páscoa.

Em relação ao cacau, os seus preços têm atingido máximos históricos nos 3 últimos anos, logo preços mais caros no supermercado.

“Estes aumentos estão profundamente ligados às variações sazonais do valor das matérias primas. Fatores como as expectativas de oferta e procura, as posições especulativas dos investidores e o enquadramento macroeconómico desempenham um papel determinante na formação das cotações – peças-chave na definição dos preços”, segundo uma nota hoje divulgada pela XTB.

Já no caso do açúcar, cuja produção está concentrada no Brasil e Índia, “fatores como o clima, subsídios governamentais e a ligação ao mercado de biocombustíveis, têm forte impacto”.

Os analistas da casa de investimentos dão o exemplo: “quando o preço do petróleo sobe, torna-se mais rentável produzir etanol a partir da
cana-de-açúcar, o que pode reduzir a oferta de açúcar e, por consequência, fazer subir o seu preço”.

O cacau é cultivado maioritariamente na África Ocidental e “enfrenta riscos adicionais como instabilidade política, pragas agrícolas e fenómenos climáticos adversos. A isto junta-se uma procura crescente por parte da indústria alimentar, o que adiciona ainda mais pressão”.

No ano passado, o cacau foi a matéria-prima com melhor desempenho nos mercados, superando os registos do café e do ouro.

“Contudo, este ano, o seu comportamento tem sido mais negativo, contrastando com a continuação dos ganhos, do ano anterior, registados no café e no ouro. Ainda assim, é importante realçar que este tipo de correções nos preços são normais após a forte valorização registada durante grande parte de 2024”, remata a XTB.

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