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Eurodeputada do PSD acusa Ana Gomes de fazer “campanha de difamação sem precedentes” contra Zona Franca da Madeira

A social democrata diz ainda que Ana Gomes utiliza “argumentos e justificações desproporcionais” relativamente à Zona Franca da Madeira. Ana Gomes tinha afirmado que a Zona Franca servia essencialmente como “um esquema para lavagem de dinheiro” e que Portugal não podia bater-se por uma “fiscalidade mais justa e regulação” a nível europeu querendo ao mesmo tempo preservar o seu paraíso fiscal.
27 Março 2019, 09h13

A eurodeputada do PSD, Claúdia Monteiro de Aguiar, acusou Ana Gomes, eurodeputada do PS, de estar a fazer uma “campanha de difamação sem precedentes” contra o Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM), ou Zona Franca, recorrendo a “argumentos e justificações desproporcionais” em que se inclui a comparação com outras praças financeiras como Luxemburgo e Malta.

A social democrata diz que o PS, na Europa, mostra estar contra portugal e o CINM, referindo-se à postura dos socialistas adoptada durante a votação de um relatório sobre crimes financeiros e evasão fiscal. Claúdia Monteiro de Aguiar diz que o comportamento de Ana Gomes relativamente à praça financeira da Madeira tem sido coerente com o seu posicionamento durante todo o mandato, que visa colocar fim à Zona Franca, com base numa “campanha de difamação sem precedentes” que se sustenta em “argumentos e justificações desproporcionais”.

Para a eurodeputado do PSD atacar o CINM é “atacar a imagem” da Madeira e criar incerteza nas empresas que são responsáveis por cerca de 3.500 postos de trabalho, diretos e indiretos e ainda por receitas fiscais de sensivelmente 122 milhões de euros, que são utilizadas para financiar serviços púbicos como a saúde.

Claúdia Monteiro de Aguiar defendeu ainda que a defesa do CINM é estratégica e relevante numa região insular e ultraperiférica como a Madeira.

De referir que Ana Gomes tinha afirmado que a Zona Franca da Madeira serve essencialmente para “um esquema de lavagem de dinheiro”, e que Portugal não podia bater-se por “uma fiscalidade mais justa e regulação a nível europeu” querendo ao mesmo tempo preservar o seu “pequeno paraíso fiscal”.

Sobre a Zona Franca pronunciou-se ainda Marisa Matias, eurodeputada do BE, que sustentou que a Zona Franca da Madeira é “atingida naquilo que é o seu caráter especulativo”, fazendo também uma distinção clara entre empresas que criam emprego e geram riqueza real, e “empresas fictícias, fantasmas”, que não só não levam nenhuma riqueza à Madeira, como a privam de fundos europeus, pois “inflacionam de forma falsa o seu Produto Interno Bruto (PIB)”.

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