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ZTE perde 921 milhões em 2018 devido a sanções dos EUA

Depois de um acordo com a administração Trump, a tecnológica chinesa está em regime de ‘contagem de proteção’: por dez anos, terá um supervisor a monitorizar o seu ‘bom comportamento’.
Guerra Comercial EUA-China
28 Março 2019, 18h33

A empresa de telecomunicações chinesa ZTE registou perdas de 6,983 biliões de yuans (cerca de 921 milhões de euros) em 2018, um exercício em que teve de enfrentar as sanções dos Estados Unidos, incluindo a suspensão das atividades no país.

A empresa de telecomunicações e fabricante de smartphones, cuja sede fica na cidade chinesa de Shenzhen (a sul), disse em comunicado que, pelo mesmo motivo, as receitas anuais caíram 21,41%, 11.290 milhões de euros.

No entanto, o grupo disse que durante o quarto trimestre do ano fiscal (o mais importante para observar o estado de uma empresa, segundo os analistas) teve um lucro de 36,4 milhões euros, situação que marca, afirmou, o início da recuperação. No final de 2018, as receitas da ZTE no mercado interno representaram 63,7% do volume de negócios total.

O exercício em análise foi um dos mais difíceis da história da empresa por causa das sanções impostas pelos Estados Unidos, que incluíam a proibição de operar em território norte-americano, por violação do veto às exportações para o Irão e a Coreia do Norte.

Washington emitiu sanções contra a ZTE em 2017 e, no meio da guerra comercial China-Estados Unidos, o governo de Donald Trump considerou que a empresa chinesa não cumpriu os seus compromissos. Assim, em abril de 2018, proibiu as empresas norte-americanas de vender componentes à tecnológica chinesa, por um período de sete anos.

No entanto, em junho do ano passado a empresa chegou a um acordo com a administração Trump, que suspendeu a proibição de operar nos Estados Unidos, com um acordo que obrigou a ZTE a pagar uma multa de 1.761 milhões de dólares.

Além disso, a empresa terá que passar por um período de teste de dez anos, foi forçada a renovar a sua gestão de topo e foi-lhe imposto um coordenador que fará a supervisão regular e abrangente do cumprimento das condições do acordo.

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