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Empresas de transportes aguardam luz verde para vender novos passes no Oeste

As três empresas de transportes públicos que operam na região Oeste esclareceram que ainda não estão a vender os passes com os descontos anunciados por aguardarem “luz verde” da Comunidade Intermunicipal do Oeste.
29 Março 2019, 07h38

As três empresas de transportes públicos que operam na região Oeste esclareceram esta quinta-feira que ainda não estão a vender os passes com os descontos anunciados por aguardarem “luz verde” da Comunidade Intermunicipal do Oeste.

“Estamos a pedir às pessoas que aguardem” para comprar o passe, pois “ainda não temos luz verde da OesteCim para avançar”, afirmou à agência Lusa Laurinda Martins, da administração da Barraqueiro Transportes, que tem as empresas Barraqueiro Oeste e Boa Viagem a operar na região.

“Só amanhã [sexta-feira] haverá uma decisão final”, disse também à Lusa Orlando Ferreira, administrador da Rodoviária do Tejo, empresa que engloba a Rodoviária do Oeste, operadora nos concelhos do norte da região.

De acordo com aquele responsável, durante o dia de sexta-feira “no sistema ainda estarão os preços que têm estado em vigor até agora”, mas Orlando Ferreira admitiu que “no sábado e no domingo já possam ser vendidos títulos com os novos descontos”.

Nesse cenário, quer a Rodoviária do Oeste quer as empresas Barraqueiro Oeste e Boa Viagem adiantaram que haverá um reforço de pessoal nas bilheteiras.

Até lá nenhum destes operadores está a vender os passes municipais, intermunicipais, nem inter-regionais anunciados para o território da Comunidade Intermunicipal do Oeste a partir de abril.

Questionado pela Lusa, o presidente da OesteCim, Pedro Folgado, garantiu que “os operadores poderão vender os novos passes” depois de sexta-feira, dia que em que o conselho intermunicipal vai ter uma reunião extraordinária para tomar decisões e vai chamar os operadores de transportes para assinar o contrato.

Vários utentes dos concelhos da Área Metropolitana de Lisboa (AML), como Vila Franca de Xira ou Mafra, que viajam para Lisboa em carreiras inter-regionais, que iniciam o seu trajeto em concelhos fora da AML, como Alenquer, Sobral de Monte Agraço ou Torres Vedras, queixaram-se também que não estão a beneficiar do passe de 40 euros anunciado para a AML.

Questionados pela Lusa, a Barraqueiro Oeste e a Boa Viagem esclareceram que não estão englobadas no Regulamento Metropolitano das Regras Gerais para a Implementação do Sistema Tarifário na AML, publicado hoje em Diário da República, por não existir ainda acordo entre a AML e a OesteCim.

“No caso de serviços inter-regionais (…), não podem os utilizadores que iniciem ou terminem a viagem fora da AML utilizar os passes Metropolitanos e Municipais, carecendo estas viagens de solução tarifária resultante de acordo a celebrar entre a AML e as CIM confinantes”, refere o regulamento, a que a Lusa teve acesso.

Pedro Folgado disse que a OesteCim “ainda não chegou a acordo” com a AML e admitiu que existe um problema orçamental para os passes entre Lisboa e concelhos deste distrito, mas fora da AML.

A Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim) vai alocar 1,4 milhões de euros para Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos, beneficiando com descontos, a partir de abril, cerca de 5.000 portadores de passes rodoviários.

Na região, o passe municipal (dentro do perímetro de cada concelho) deixa de ser superior a 30 euros e vai permitir aos utilizadores poupanças anuais de cerca de 230 euros.

Nas deslocações intermunicipais (dentro do território da OesteCim), o passe vai ter um custo de até 40 euros, estimando-se, neste caso, poupanças de cerca de 400 euros por ano”.

Já nas ligações inter-regionais com os concelhos da Área Metropolitana de Lisboa (AML), da Lezíria do Tejo e à Região de Leiria, “será garantido um desconto de 30%”, prevendo-se poupanças, em média, acima de 450 euros por ano.

A região Oeste é composta pelos concelhos de Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos, Peniche, do distrito de Leiria, e por Alenquer, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras, do distrito de Lisboa.

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