O Banco de Portugal vai avançar com uma inspeção geral às fintech que operam no país. Com esta operação, o supervisor quer verificar se estas entidades cumprem os requisitos regulatórios em aspetos como a segurança, a agregação de informação ou a proteção de dados de pagamentos sensíveis, num setor onde a mudança tecnológica constante obriga a um permanente esforço para conseguir conciliar regulação com inovação, escreve o Jornal Económico (acesso pago) na edição que chegou esta sexta-feira às bancas.
Segundo as fontes contatadas pelo Jornal Económico, esta inspeção vai abranger a totalidade das 13 instituições gestoras de pagamentos e uma de moeda eletrónica. Estas entidades tiveram de renovar os seus registos no supervisor após a entrada em vigor da diretiva dos Serviços de Pagamento e da Moeda Eletrónica (PSD2).
Serão assim abrangidas tanto as ‘velhas’ como as novas fintech, incluindo empresas estabelecidas há décadas (como a SIBS e a Unicâmbio), bem como os novos players, entre os quais a Easypay, a Ifthenpay ou a Raize.
Em novembro último, Carlos Costa defendeu que “o facto de alguns grandes bancos tradicionais, sujeitos a regulação intensa, valerem hoje menos em bolsa do que algumas fintech dá uma ideia das novas potenciais fontes de risco”.
No entanto, o governador do Banco de Portugal tem defendido publicamente que o papel do supervisor não é travar a inovação, nem proteger os bancos tradicionais da concorrência de novos players mais ágeis e inovadores. O supervisor tem defendido que o caminho deve passar por uma cooperação entre os bancos e as fintech.
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