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Flexdeal aumenta lucros para 623 mil euros em 2024

O CEO de Flexdeal lembra que as SIMFE estão hoje elegíveis para atuar como coinvestidores junto do Banco Português de Fomento, o que permite um posicionamento estratégico para levar financiamento de médio e longo prazo às PME em regime de coinvestimento com o Fundo de Capitalização e Resiliência.
Alberto Amaral, presidente do Conselho de Administração da Raize
1 Maio 2025, 08h10

A Flexdeal, a primeira e única Sociedade de Investimento Mobiliário para o Fomento da Economia (SIMFE) em Portugal, encerrou as suas contas do período entre 1 de outubro de 2023 e 31 de dezembro de 2024 com receitas que ascenderam a 5,3 milhões de euros, um EBITDA consolidado de 1.227 mil euros (que compara com 656 mil euros no ano anterior, um aumento superior a 87%) e um resultado líquido de 623 mil euros (que compara com 410 mil euros no ano anterior, que representa um crescimento acima dos 52%).

Os dados constam do Relatório de Contas Integrado aprovado pelo Conselho de Administração da Flexdeal SIMFE e já submetido à Comissão do Mercado de Valores Imobiliários (CMVM).

O Conselho de Administração vai propor na Assembleia Geral de Acionistas uma remuneração ao acionista correspondente a um dividend yield de 3,5%.

“A Flexdeal SIMFE, desde o momento em que entrou em mercado regulado (dezembro de 2018), distribui consecutivamente dividendos aos acionistas. A partir de 2019/2020 passou também a apresentar contas consolidadas, considerando-se: as participações financeiras onde o Grupo tem controlo, o resultado individual da Flexdeal SIMFE e a carteira de investimentos da Flexdeal, que possui empresas em vários estágios de maturidade”, lê-se no comunicado.

A 31 de dezembro de 2024, a Flexdeal SIMFE detinha participações de capital em 19 sociedades de 17 setores de atividade distintos, entre os quais se destacam os setores de fintech, têxtil, biotecnologia, metalomecânica ligeira, carpintaria e comércio de vestuário. O investimento global do Grupo em instrumentos financeiros e de capital das suas sociedades participadas superava os 13 milhões de euros.

Para Alberto Amaral, CEO da Flexdeal, a conjuntura atual, à qual se junta a instabilidade política, “exige às empresas maior capacidade de adaptação e planeamento estratégico”.

“É neste contexto que a Flexdeal reforça o compromisso de apoiar as PME na transição para modelos de negócio mais robustos e alinhados com as exigências económicas e financeiras, através de uma atitude proativa e uma posição evolutiva do mercado. A vantagem para as empresas estará em jogar por antecipação e capitalizar sobre os desafios. O novo normal exige agilidade constante num tabuleiro com as peças em permanente mudança”, afirma.

O responsável da Flexdeal acrescenta que as SIMFE estão hoje elegíveis para atuar como coinvestidores junto do Banco Português de Fomento, o que permite um posicionamento estratégico para levar financiamento de médio e longo prazo às PME em regime de coinvestimento com o Fundo de Capitalização e Resiliência.

“Esta alternativa permite à Flexdeal diversificar a sua atuação além dos financiamentos de curto prazo de apoio a tesouraria, tendo já formalizado três operações no montante global de 9,5 milhões de euros, através de instrumentos de capital e ainda de emissão de obrigações convertíveis”, refere o CEO.

Atualmente, o capital social da Flexdeal SIMFE está em quase 19 milhões de euros, representado por 3.717 mil ações ordinárias de valor nominal de 5 euros.

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