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Chanceler alemão recomenda prudência na eventual proibição de partido extremista

O chanceler cessante alemão, Olaf Scholz, pediu hoje que “não se apresse” a eventual proibição do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), depois de os serviços secretos alemães o terem classificado como uma organização extremista. “Penso que é algo que não deve ser precipitado”, disse Scholz no dia anual da Igreja Evangélica na Alemanha, na cidade de Hannover, na Baixa Saxónia.
2 Maio 2025, 13h14

O chanceler cessante alemão, Olaf Scholz, pediu hoje que “não se apresse” a eventual proibição do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), depois de os serviços secretos alemães o terem classificado como uma organização extremista.

“Penso que é algo que não deve ser precipitado”, disse Scholz no dia anual da Igreja Evangélica na Alemanha, na cidade de Hannover, na Baixa Saxónia.

Scholz disse que o Tribunal Constitucional já rejeitou todos os pedidos de proibição do partido de extrema-direita até à data, razão pela qual afirmou ser contra “tomar decisões precipitadas”.

Por isso, “não vou dizer como devemos proceder”, referiu, citado pela agência de notícias espanhola Europa Press.

Scholz referiu-se à cautela e à precaução dos serviços secretos em analisar e finalmente declarar a AfD como uma organização extremista e contrária aos valores democráticos do país europeu.

Sobre a ascensão do partido nas eleições de fevereiro, Scholz manifestou-se preocupado por a AfD ter ficado em segundo, com 20,8% dos votos, à frente do SPD, a que pertence, que caiu de primeiro para terceiro, com 16,4%.

“Preocupa-me como cidadão, como membro do parlamento alemão e como chanceler”, afirmou.

O Gabinete Federal para a Proteção da Constituição (BfV), a agência de informação do Ministério do Interior alemão, advertiu hoje num comunicado que o objetivo da AfD é “excluir certos grupos da população de uma participação social igualitária”.

A classificação como organização extremista deverá permitir pelo menos que a AfD seja colocada sob forte vigilância.

Os líderes do partido Alice Weidel e Tino Chrupalla reagiram de imediato à decisão, que descreveram como um “golpe na democracia alemã” e consideraram ser “politicamente motivada”.

O partido “continuará a defender-se legalmente contra estas difamações, que são perigosas para a democracia”, afirmaram num comunicado citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

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