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Novobanco com lucros do primeiro trimestre a caírem para 177,2 milhões

A queda dos lucros está em linha com as expectativas e com a tendência do setor, e reflete a conjuntura de queda dos juros e o seu impacto na margem financeira.
6 Maio 2025, 07h29

O Novobanco registou um resultado líquido de 177,2 milhões de euros, o que representa uma queda de 1,9% face aos 180,7 milhões de euros do primeiro trimestre do ano passado.

O RoTE (Return on Tangible Equity) ascende a 21,7%, subindo face ao ano passado.

A queda dos lucros está em linha com as expectativas e com a tendência do setor, e reflete a conjuntura de queda dos juros e o seu impacto na margem financeira.

O Novobanco está a preparar uma oferta publica inicial (IPO) para junho.

A margem financeira caiu 6,7% num ano para 279,1 milhões de euros.

Para compensar, a receita de comissões subiu 12,3% para 84,3 milhões.

Os outros resultados de exploração totalizaram 9,8 milhões, e incluem ganhos com a recuperação de crédito, recuperação de processos de impostos, resultados de imóveis e impostos indiretos.

O produto bancário acabou por fechar positivo no trimestre ao subiu 0,4% para 373,2 milhões de euros.

Por sua vez os custos operacionais subiram 5,3% para 125,2 milhões.

O rácio de eficiência piorou assim para 33,6% no primeiro trimestre.

No trimestre, o Grupo Novobanco registou imparidades e provisões líquidas de 12,3 milhões de euros (-15,6 milhões face a março de 2024).

O Custo do Risco reduziu para 17 pontos base (0,17%) o que compara com 35 pb um ano antes e com 33 pb em dezembro, com as imparidades para Empréstimos a Clientes a totalizarem 12,4 milhões de euros, “refletindo a melhoria da qualidade dos ativos e uma abordagem de underwriting conservadora”.

Mark Bourke, CEO, disse que “os resultados do primeiro trimestre de 2025 estão em linha com as nossas expectativas e confirmam a força e a resiliência do nosso modelo de negócio. O banco encontra-se na trajetória correta para atingir os objetivos propostos para o ano de 2025, com uma sólida performance assente na execução disciplinada da dinâmica comercial e do enfoque contínuo na eficiência”.

No balanço, o crédito a clientes (líquido) a situou-se em 28,5 mil milhões de euros (+2,2% face a dezembro e mais 5,4% face a março do ano anterior). A originação de crédito a clientes atingiu 1,4 mil milhões, traduzindo um aumento de 21,0% face ao período homólogo.

A quota de mercado global fixou-se nos 9,2% (em fevereiro) e está estável desde dezembro, enquanto a quota no segmento de médias empresas atingiu os 18,2%, “confirmando a forte presença do banco no mercado português, em particular no sector empresarial”.

Os créditos não produtivos (NPL) apresentaram uma redução de 1,5% nos primeiros três meses de 2025 para 851 milhões de euros  com a entrada de novos NPL (non-performing loans) consistentemente baixa. O rácio líquido NPL situou-se em 0,2% e o rácio de NPL bruto em 3,2%, com um nível de cobertura de 94,2%.

Por outro lado, os recursos totais aumentaram 4,1% para 44,3 mil milhões de euros acima dos 42,5 mil milhões em dezembro, “impulsionados por um resiliente volume de depósitos de clientes, que cresceram 1,4% para 30,2 mil milhões, atingindo uma quota de mercado de 9,1%.

A 31 de março de 2025, o Novobanco mantinha uma forte posição de liquidez cujo buffer de liquidez era de 17,4 mil milhões. O rácio de transformação (LtD) é de 82,2%, o rácio LCR é de 160% e o rácio NSFR atingiu 120%.

Suportado pela geração orgânica de capital, o rácio CET 1 fixou-se em 16,0% e o rácio de solvabilidade em 18,8%, ambos pro-forma considerando a redução de capital de 1,1m milhões de euros entretanto aprovada e 40% do resultado líquido do  primeiro trimestre. Excluindo a redução de capital e a incoporação de 40% do resultado líquido, os rácios de CET 1 e de solvabilidade seriam 21,1% e 23,8%, respectivamente.

“Este desempenho evidencia a capacidade de geração de capital do modelo de negócio do Novobanco e a disciplina na alocação do capital, conclui o banco.

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