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“Política monetária na área do euro continuará a exigir paciência, prudência e persistência”, reforça Draghi

No relatório de 2018, o Presidente do Banco Central Europeu sublinha que o “estímulo substancial em termos de política monetária permanece essencial”.
1 Abril 2019, 16h09

O Banco Central Europeu (BCE) considera essencial continuar a estimular a política monetária este ano, para fazer face à incerteza internacional, diz Mario Draghi no Relatório Anual de 2018 da instituição, divulgado esta segunda-feira.

“Relativamente ao próximo ano, um estímulo substancial em termos de política monetária permanece essencial para garantir a continuação da intensificação das pressões internas sobre os preços no médio prazo”, refere o presidente do BCE.

Mario Draghi explica que dada a persistência das incertezas relacionadas com fatores geopolíticos, a ameaça do protecionismo e as vulnerabilidades nos mercados emergentes, “a condução da política monetária na área do euro continuará a exigir paciência, prudência e persistência”.

No relatório, Frankfurt relembra que em dezembro, o Conselho do BCE terminou as compras líquidas de ativos ao abrigo do APP e confirmou as indicações reforçadas sobre a trajetória futura das taxas de juro diretoras.

“Paralelamente, confirmou a necessidade de continuação do estímulo significativo em termos de política monetária, com vista a apoiar a intensificação das pressões internas sobre os preços e a evolução da inflação global no médio prazo”, acrescenta.

O presidente do BCE recorda que Frankfurt indicou que os reinvestimentos continuariam além da data em que as taxas de juro diretoras começarem a subir e enquanto for necessário, mostrando-se disponível para ajustar todos os instrumentos.

“A assunção de riscos em partes dos mercados financeiros e imobiliários contribuiu para sinais ligeiros de valorização excessiva em algumas zonas, com diferenças acentuadas entre países, tendo os riscos continuado a aumentar no setor financeiro não bancário”, refere.

Draghi realça ainda que a economia da zona euro continuou a expandir-se, mas sofreu uma perda de dinamismo, com o crescimento a desacelerar de 2,5% em 2017 para 1,8% em 2018.

“Um enfraquecimento significativo do comércio mundial, a par de diversos fatores específicos a nível dos países e dos setores, pesaram sobre o setor externo e, em particular, sobre a indústria transformadora”, explica.

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