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“Promissor”: Exportações de calçado aumentam 5,4% para 453 milhões até março

Para Portugal, o mercado norte-americano é o sexto destino das exportações de calçado, que, na última década, duplicaram para aproximadamente 100 milhões de euros no ano passado.
12 Maio 2025, 11h01

As exportações portuguesas de calçado aumentaram 5,4% em valor e 4,9% em volume no primeiro trimestre, em termos homólogos, com 20 milhões de pares vendidos por 453 milhões de euros, divulgou hoje a associação setorial APICCAPS.

Citado num comunicado, o presidente da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS) considera tratar-se de “um início do ano muito promissor, num contexto internacional particularmente difícil”, assumindo “maior preocupação” com a situação nos EUA, para as onde as vendas recuaram 12,7%.

“Ainda que já exportemos mais de 90% da produção para 170 países, consideramos o mercado norte-americano estratégico e a grande aposta da indústria portuguesa de calçado para a próxima década”, afirma Luís Onofre.

Salientando o “momento de grande indefinição” atualmente vivido na sequência das novas taxas alfandegárias anunciadas pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o dirigente associativo considera que “o momento atual é preocupante”, mas reitera que o setor “não vai abandonar o mercado”.

A APICCAPS destaca que os Estados Unidos “são o maior mercado mundial de calçado”, importando anualmente quase 2.000 milhões de pares num valor próximo dos 26.000 milhões de dólares (24.900 milhões de euros).

Para Portugal, o mercado norte-americano é o sexto destino das exportações de calçado, que, na última década, duplicaram para aproximadamente 100 milhões de euros no ano passado.

De janeiro a março, a Europa voltou a ser o mercado de referência para o calçado português, absorvendo um total de 18 milhões de pares (crescimento de 6,6%) no valor de 382 milhões de euros (mais 8,3%).

A APICCAPS destaca o “bom desempenho” registado na Alemanha (mais 18,8% para 114 milhões de euros), França (mais 1,3% para 96 milhões de euros) e Espanha (mais 31% para 46 milhões de euros).

Em contrapartida, assume “preocupação” com o recuo nos Países Baixos, para onde as vendas caíram 5,6% para 49 milhões de euros.

Fora da União Europeia, o calçado português continuou, até março, a crescer no Reino Unido (mais 9% para 27 milhões de euros). Já nos EUA e Canadá, registou um recuo de 12,7% e 14%, respetivamente, para 18 e quatro milhões de euros.

Nos primeiros três meses do ano a indústria portuguesa de calçado português exportou 90% da produção para 170 mercados nos cinco continentes.

Para o presidente da APICCAPS, “ainda que haja muitas variáveis a contaminar o comércio mundial”, a expectativa é que 2025 seja “um ano de consolidação do calçado português no exterior”.

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