O “dia da libertação”, anunciado por Donald Trump, provocou cortes agressivos nos mercados de capitais à escala global, no dia 2 de abril. Desde então, as bolsas já recuperaram desses deslizes e seguem numa tendência notoriamente positiva, impulsionada nesta segunda-feira.
As negociações entre Estados Unidos da América e China conduziram a um acordo que dita o adiamento das tarifas às importações mútuas por 90 dias, assim como a redução das mesmas. A aproximação entre as duas maiores economias do mundo é positiva para um vasto número de segmentos empresariais, pelo que os mercados reagiram de forma visivelmente positiva.
Depois dos ganhos registados nas principais bolsas asiáticas, foi a vez de as praças europeias seguirem pelo mesmo caminho, na segunda-feira. Setores como os de recursos naturais, luxo e automóvel estiveram entre os que registaram os maiores ganhos, fruto da maior exposição ao mercado chinês.
O índice PSI renovou máximos de meados de 2014, com uma subida de 1,76% até aos 7.110 pontos. Os ganhos foram liderados pelas ações da EDP Renováveis, protagonistas de uma valorização de 5,47% até aos 8,68 euros. A Navigator seguiu pelo mesmo caminho, ao saltar 4,85% para 3,462 euros.
A Galp avançou 2,76% até aos 14,31 euros, ao passo que a Semapa se adiantou 2,20% e alcançou os 17,62 euros, enquanto o BCP somou 2,17% para 0,6024 euros. Em sentido contrário, a REN caiu 1,66% e os títulos não foram além de 2,67 euros, sendo que nos CTT houve uma derrapagem de 1,32% até aos 6,71 euros.
Entre os principais índices europeus, destacaram-se Itália e França, duas praças onde está cotado o grupo automóvel Stellantis, que valorizou mais de 6% em ambas. Neste contexto, Itália somou 1,48% e França adiantou-se 1,37%, impulsionada também pelo segmento do luxo, em virtude de valorizações de 7% na Louis Vuitton e de quase 6% Kering.
Simultaneamente, incrementos de 0,61% no Reino Unido, 0,56% em Espanha e 0,22% na Alemanha. O índice agregado Euro Stoxx 50 avançou 1,58%.
No mercado de futuros, os barris de Brent e de crude subiam perto de 2% aquando do encerramento da sessão nos mercados europeus, também em virtude do acordo entre EUA e China, que são os dois maiores consumidores de petróleo à escala global. Na origem estão as perspetivas de que a procura pelos produtos petrolíferos deverá aumentar.
De resto, os principais índices da bolsa de Wall Street abriram em forte alta, com subidas em torno de 3%. Destaque para as “Sete Magníficas”, que registavam valorizações fortes, uma vez mais em virtude da grande exposição à segunda maior economia do mundo.
Esta quarta-feira, o destaque vai para os dados que vão ser divulgados no que respeita à taxa de inflação na economia norte-americana em abril, na sequência do acréscimo homólogo de 2,4% em março.
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