Três projetos desenvolvidos em estreita colaboração com a ArtWorks — organização portuguesa especializada na produção de obras para artistas e arquitetos — estarão em destaque na 19.ª Bienal de Arquitetura de Veneza, “um dos mais prestigiados palcos internacionais da arquitetura contemporânea”. A edição deste ano, com curadoria de Carlo Ratti, decorre sob o tema “Inteligência – Natural – Artificial – Coletiva”.
Com sede em Amorim, Póvoa de Varzim, a ArtWorks esteve envolvida em todas as fases do processo, desde a definição técnica e engenharia à produção, logística e montagem final.
“Ambos os projetos dialogam com o tema proposto por Ratti, explorando formas inovadoras de inteligência arquitectónica em contextos ambientais e territoriais extremos”, refere a ArtWorks.
Um dos destaques é 0 “Eco Folie”, dos arquitetos Pedro Alonso e Pamela Prado (Chile), um protótipo de habitação mínima concebido para o deserto do Atacama — uma das regiões mais áridas do planeta. Com apenas 16 m², a estrutura compacta integra dispositivos eco-técnicos como painéis fotovoltaicos, sanita seca e um coletor de nevoeiro, propondo soluções sustentáveis para habitar ambientes extremos. O projeto foi totalmente desenhado, testado e produzido nas oficinas da ArtWorks, num processo colaborativo entre arquitetos, técnicos e artesãos.
Outros dois projetos com produção portuguesa integram a representação oficial de Espanha na Bienal de Veneza 2025, comissariada por Manuel Bouzas e Roi Salgueiro Barrio, sob o tema “Internalities: Architectures for Territorial Equilibrium”.
O primeiro, de Carles Oliver + David Mayol, consiste numa estrutura de grande escala inteiramente em madeira, concebida para explorar soluções de baixo teor de carbono.
O segundo, idealizado pelos próprios curadores, apresenta uma instalação expositiva composta por balanças, molduras de vários formatos e elementos em LedNeon, articulando questões de equilíbrio territorial e sustentabilidade material.
Ambas as propostas foram produzidas pela ArtWorks em estreita colaboração com os autores, garantindo rigor técnico, qualidade estética e o uso de recursos locais.
“Estas intervenções incorporam plenamente os princípios de eficiência energética e viabilidade económica que orientam o Pavilhão Espanhol nesta edição”, garante a organização empenhada na expressão criativa e no trabalho colaborativo..
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