A empresa petrolífera Royal Dutch Shell tornou-se a primeira empresa de petróleo e gás a anunciar planos para sair do ‘lobby’ de refinarias dos Estados Unidos da América, devido a alguns desacordos em relação a políticas climáticas.
Na primeira reunião que englobava 19 grupos industriais, a Shell afirmou ter encontrada “material desalinhado” sobre a política climática com a ‘American Fuel & Petrochemical Manufacturers’ (AFPM) e garantiu abandonar o grupo em 2020.
A recusa em continuar no grupo vem do facto da Shell querer aumentar a transparência e mostrar aos investidores que está alinhada com as metas traçadas no acordo de Paris, em 2015, que pretende limitar o aquecimento global, de forma a reduzir as emissões de carbono até ao final do século.
Segundo a agência Reuters, a saída também pode ser explicada pela pressão dos investidores das companhias em querer alterar o seu comportamento em relação ao clima.
“A AFPM não mostrou apoio ao objetivo definido no Acordo de Paris. A Shell apoia este objetivo”, disse a companhia. A Shell também não concorda com a oposição da AFPM, que não quer colocar preço no carbono e nas tecnologias de baixo-carbono.
O chefe-executivo da AFPM, Chet Thompson, agradeceu à Shell pela sua “colaboração de longa data”. “Como qualquer família, não estamos sempre alinhados em todas as políticas, mas tentamos sempre atingir consenso nas nossas políticas”, continuou no comunicado.
A AFPM conta com 300 membros norte-americanos e internacionais, onde estão incluídos a Exxon Mobil, Chevron, BP e a Total, que operam em 110 refinarias e 229 fábricas petroquímicas, de acordo com o relatório de 2018.
Com a sua saída, a “Shell quer definir um padrão de referência para melhorar as práticas de lobbying corporativo em todos os setores, não só no setor do petróleo e do gás. O desafio é que os outros sigam o exemplo”.
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