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Navigator dá ‘luz verde’ a investimento de 30 milhões para reconversão de máquina de papel

“Com este projeto, a Empresa reforça a sua posição no mercado europeu de papéis para embalagens flexíveis (papéis kraft), assumindo-se com um dos produtores de referência no setor. A nova operação tem arranque previsto para o terceiro trimestre de 2026, com uma capacidade de produção anual de 100 mil toneladas, mantendo a flexibilidade operacional de produção de papéis de impressão e escrita”, salienta a empresa.
13 Maio 2025, 09h07

A Navigator deu luz verde para um investimento de 30 milhões de euros para a reconversão da sua máquina PM3 (Paper Machine n.º 3), que se encontra localizada no complexo industrial integrado de Pasta, Papel e Packaging de Setúbal.

“Com este projeto, a Empresa reforça a sua posição no mercado europeu de papéis para embalagens flexíveis (papéis kraft), assumindo-se com um dos produtores de referência no setor. A nova operação tem arranque previsto para o terceiro trimestre de 2026, com uma capacidade de produção anual de 100 mil toneladas, mantendo a flexibilidade operacional de produção de papéis de impressão e escrita”, salienta a empresa.

Esta reconversão vai permitir a “produção de papéis numa gama de gramagens compreendida entre 30 e 90 gramas por metro quadrado, respondendo à crescente procura por soluções sustentáveis, nos diversos segmentos alimentar e não alimentar, e na sequência da tendência de migração para soluções de base natural, renovável e biodegradável”.

A Navigator reforça que a nova PM3 “vai transformar-se numa das maiores e mais competitivas máquinas” da Europa para produção de papéis de embalagem de baixas gramagens, “e a maior do Sul da Europa, posicionando a Navigator como o quarto maior produtor” neste mercado.

“O investimento global ascende a 30 milhões de euros, sendo muito inferior a um investimento greenfield para uma capacidade similar. O custo de produção vai beneficiar da integração de pasta da Navigator e de consumos de madeira significativamente inferiores aos da concorrência, entre 2,35 e 2,85 metros cúbicos de madeira por tonelada de pasta, comparando com os 5,0 a 5,5 metros cúbicos típicos da fibra de pinho europeu, por exemplo”, esclarece a empresa.

A PM3 é uma máquina Valmet, com uma largura de folha de 4,55 metros e uma velocidade de 1.160 metros por minuto, tendo sido instalada em 1990, e alvo de sucessivas modernizações em 1997, 2003, 2007 e 2018.

“O projeto permitirá à Navigator consolidar a aposta estratégica na produção de embalagens flexíveis para food service/take away ou release liners, nos quais a fibra de Eucalyptus globulus se tem afirmado como diferenciadora. É a natureza distintiva desta fibra que permite a obtenção de krafts de elevada lisura, próximos de papéis friccionados (MG-Machine glazed) sem perda de espessura e baixa permeabilidade, fatores essenciais a aplicações que envolvem revestimentos ou que necessitam de elevada qualidade de impressão”, disse a Navigator.

A empresa diz ainda que a reconversão da máquina PM3 “vai contribuir para a expansão do portfólio de produtos sustentáveis e de soluções inovadoras” baseadas na fibra de Eucalyptus globulus, uma “realidade comprovada pelo crescimento contínuo da gama gKRAFT e pelo bom desempenho dos produtos de baixas gramagens”.

A Navigator refere que com a marca gKRAFT se tem consolidado a “posição como fornecedor global de embalagens que substituem as de plástico de origem fóssil por alternativas renováveis, recicláveis e biodegradáveis, desenvolvidas a partir de matéria-prima proveniente de florestas plantadas e geridas” de forma responsável.

“O mercado tem reconhecido o valor das soluções diferenciadoras da Navigator, como comprovado pelo crescimento contínuo da gama gKRAFT. Atualmente, a Empresa conta já com mais de 300 clientes que confiaram na proposta de valor da Navigator, consolidando a marca gKRAFT como uma referência internacional no segmento das embalagens sustentáveis. Esta dinâmica evidencia a qualidade dos produtos e a capacidade de resposta, a escala, a fiabilidade industrial e a inovação da Navigator”, refere a organização.

Com a reconversão da PM3 a empresa cotada na bolsa portuguesa poderá “responder de forma rápida e eficiente às exigências crescentes do mercado de embalagens flexíveis, possibilitando maior flexibilidade na gestão dos seus ativos industriais e uma transição fluida entre a produção de papéis de impressão e escrita e de papéis de embalagem, de acordo com a evolução das condições de mercado”.

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