O Banco Central da China baixou a taxa de juro em 10 pontos base esta terça-feira. Trata-se da primeira descida desde outubro, onde a descida foi de 25 pontos base.
A taxa de juro diretora a um ano baixou dos 3,1% para 3%, o que se trata de um mínimo histórico, enquanto que a taxa diretora a cinco anos desceu dos 3,6% para os 3,5%.
O anúncio é o mais recente esforço das autoridades para impulsionar o crescimento, afetado pelas tensões comerciais com os Estados Unidos e pela crise no setor imobiliário.
Na atualização mensal, o Banco Popular da China (PBC, na sigla em inglês) indicou que a taxa diretora se manterá a esse nível pelo menos até daqui a um mês.
Este indicador, estabelecido como referência para as taxas de juro em 2019, é utilizado para fixar o preço dos novos empréstimos – geralmente destinados às empresas – e dos empréstimos a taxa variável que estão a ser reembolsados.
O indicador é calculado com base nas contribuições de preços de um conjunto de bancos – incluindo os pequenos credores que tendem a ter custos de financiamento mais elevados e maior exposição a crédito malparado – e tem como objetivo baixar os custos dos empréstimos e apoiar a “economia real”.
A 7 de maio, o governador do Banco Central chinês, Pan Gongsheng, tinha anunciado alterações na política monetária para amortecer o impacto da guerra comercial desencadeada pelos Estados Unidos.
Pan revelou um corte na taxa das operações de recompra reversa (“reverse repo”) de 1,5% para 1,4%, bem como uma redução de 0,25% na taxa de empréstimos a bancos comerciais, fixando-a em 1,5%. A taxa de reservas obrigatórias foi também reduzida em 0,5%, libertando cerca de um bilião de yuan (121 mil milhões de euros) em liquidez adicional.
O banco central reduziu ainda as taxas de juro dos empréstimos à habitação a cinco anos, como parte de um esforço mais amplo para estimular o consumo interno.
As autoridades chinesas voltaram a fixar, em março, um objetivo de crescimento económico de cerca de 5% até 2025.
Esta descida na taxa de juro na China, decretada esta terça-feira, surge num contexto de acalmia na guerra comercial com os Estados Unidos. Refira-se que a 2 de abril os Estados Unidos tinham anunciado o aumento de tarifas a vários parceiros, incluindo a China.
Contudo a 9 de abril os Estados Unidos anunciaram uma pausa nas tarifas por 90 dias, baixando as tarifas para uma taxa mínima de 10%. Contudo isso não abrangeu a China, país asiático ao qual foram aplicadas tarifas superiores aos 100%. Em resposta a China colocou as tarifas aos Estados também acima dos 100%.
Contudo Estados Unidos e China chegaram a um acordo que colocou uma pausa de 90 dias nas tarifas, baixando-as substancialmente, a 12 de maio.
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