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Pedro Nuno na despedida de Belém: “Desejo que a situação política estabilize rapidamente”

Pedro Nuno Santos reuniu com o Presidente da República em Belém acompanhado do presidente do PS, que o vai substituir interinamente, e a líder da Juventude Socialista.
José Sena Goulão/Lusa
20 Maio 2025, 15h24

Pedro Nuno Santos, que decidiu abandonar a liderança do PS depois da derrota nas eleições de domingo, assinalou à saída da audiência com o Presidente da República desejar que a “situação política” de Portugal se “estabilize rapidamente” para que o país “possa fazer o seu caminho, superando os problemas que ainda temos”.

Acompanhado pelo presidente do PS, que o vai substituir interinamente como secretário-geral do PS até o partido escolher o novo líder, e pela líder da Juventude Socialista, Pedro Nuno Santos esteve apenas 20 minutos no encontro com Marcelo e, à saída, não quis responder às perguntas dos jornalistas, sinalizando apenas que a audiência com o chefe de Estado foi “uma boa reunião” e que o partido que liderou durante o último ano e meio preza “muito” a relação institucional que tem mantido com o Presidente da República.

Sobre a governabilidade, repetiu apenas que é seu desejo “que o país tenha a sua situação política clarificada para resolver os problemas dos portugueses”.

Marcelo Rebelo de Sousa esteve esta terça-feira a ouvir os três partidos mais votados nas eleições de domingo, tendo começado por receber a delegação do PSD, liderada por Luís Montenegro, que, à saída, não quis falar aos jornalistas. O último partido recebido pelo Presidente da República foi o Chega. O encontro estava marcado para as 17h00, mas a comitiva liderada por André Ventura chegou a Belém com 20 minutos de atraso.

Na segunda-feira, Marcelo Rebelo de Sousa, que cedo avisou só dar posse a um governo se tivesse a garantia que não caía na primeira oportunidade, considerou que “à primeira vista” há condições para garantir estabilidade. “Eu só posso saber depois de ouvir os partidos, mas à primeira vista não há razões para considerar que eles não queiram colaborar na governabilidade”. “Porque o mundo está como está, a Europa está como está e, portanto, é do interesse português que haja um esforço de todos no sentido da governabilidade”, argumentou.

Com Pedro Nuno Santos a sair de cena, cresce no PS a ideia de que é preciso viabilizar o governo da AD. Disse-o, por exemplo, Fernando Medina, antigo ministro das Finanças e um nome que tem sido apontado como possível candidato à liderança do partido. Mas também alguns membros do secretariado do PS, conforme dá conta o jornal Público. Ao Jornal Económico, Vitalino Canas, antigo governante socialista, defendeu que o PS deve “agir de acordo com o seu código genético histórico” e viabilizar o governo da AD, assegurando estabilidade durante um período de tempo “razoável”.

Quem já se posicionou como candidato a secretário-geral nas eleições internas – que serão marcadas no próximo sábado na reunião da comissão política – é o antigo ministro da Administração Interna José Luís Carneiro, depois de há ano e meio ter perdido a liderança para Pedro Nuno. A partir de sábado, será Carlos César a ocupar interinamente o ‘vazio’ deixado pela saída do secretário-geral.

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