A Randstad Research divulgou um relatório sobre o mercado de trabalho em Portugal no primeiro trimestre de 2025, destacando que 31,5% dos profissionais empregados possuem apenas o ensino básico ou secundário obrigatório, uma proporção que duplica a média da União Europeia, que é de 15,7%.
Este dado coloca Portugal no topo de um ranking europeu desafiador, superando países como Espanha (28,8%), Itália (26,1%) e Malta (25,5%).
A análise, baseada em dados do Eurostat e outras fontes, revela também que a população ativa aumentou em 30 mil pessoas, alcançando um novo máximo histórico de 5,54 milhões de ativos.
Deste total, 33,6% têm o ensino superior, enquanto a taxa de atividade se eleva a 83,6%. O número de pessoas empregadas também subiu, com um aumento de 32,6 mil, totalizando 5,18 milhões, e uma taxa de emprego de 56,6%.
Os dados indicam que 34,3% dos profissionais têm o ensino superior completo, com uma taxa de emprego de 79,5%, enquanto a taxa de emprego dos detentores de estudos secundários é 9,9 pontos inferior.
A taxa de emprego temporário é de 15,2%, ligeiramente superior à do trimestre anterior.
Na distribuição por setores, a indústria transformadora representa 16,3% do emprego, seguida pelo comércio com 14,7%, e os setores da educação e saúde, que empregam 18,3% do total.
No que diz respeito ao desemprego, o número de desempregados diminuiu em 2,5 mil, fixando-se em 365,8 mil pessoas, com 40,3% destes à procura de trabalho há mais de um ano.
A taxa de desemprego geral caiu para 6,6%, com uma ligeira diferença entre géneros, sendo 6,2% para homens e 7% para mulheres.
Regionalmente, as taxas de desemprego mais baixas foram registadas no Centro (5,1%), Açores (5,7%) e Alentejo (5,8%), enquanto a Península de Setúbal apresentou a taxa mais alta (8,5%).
O setor dos serviços continua a ser o mais afetado, representando 73,8% dos desempregados.
Além disso, o valor médio das remunerações em fevereiro de 2025 foi de 1.466,86 euros, com uma queda mensal de 1,8% e um aumento de 4% em comparação com o ano anterior.
O número de pessoas em teletrabalho aumentou para 1,08 milhões, representando 20,9% do total de empregados.
Isabel Roseiro, diretora de marketing da Randstad Portugal, comentou que, apesar dos progressos na qualificação da população ativa, a elevada proporção de profissionais com baixa qualificação ainda limita a produtividade e a adaptação às exigências da economia digital.
Enfatizou ainda a importância de investir em formação contínua e requalificação ao longo da vida para garantir um mercado de trabalho mais competitivo e inclusivo.
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