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União Europeia rejeita perder corrida tecnológica apesar dos avanços na Coreia e EUA

Em entrevista à agência Lusa, em Bruxelas, o vice-presidente da Comissão Europeia Andrus Ansip, vincou que o bloco europeu “não está, de forma alguma, atrás” dos outros participantes nesta ‘corrida’, apesar de o 5G já ser uma realidade na Coreia do Sul e nos Estados Unidos.
5 Abril 2019, 10h17

A União Europeia (UE) rejeitou esta sexta-feira estar atrás na ‘corrida’ tecnológica das redes de quinta geração móvel (5G), sublinhando ter “um ambiente propício ao investimento” nestas infraestruturas, apesar dos avanços da Coreia do Sul e dos Estados Unidos.

Em entrevista à agência Lusa, em Bruxelas, o vice-presidente da Comissão Europeia Andrus Ansip, responsável pela área do Mercado Único Digital, vincou que “a UE não está, de forma alguma, atrás” dos outros participantes nesta ‘corrida’, apesar de o 5G já ser uma realidade na Coreia do Sul e nos Estados Unidos desde quarta-feira.

“Há vários projetos-piloto em curso, lançámos o nosso novo código de telecomunicações [para permitir esta tecnologia] e acho que está criado um ambiente propício ao investimento para, muito em breve, a UE também disponibilizar as suas redes 5G”, referiu o responsável do executivo comunitário.

A Coreia do Sul antecipou-se e lançou as redes de 5G horas antes do previsto, garantindo que é o primeiro país do mundo a disponibilizá-las, antes dos EUA.

Inicialmente previsto para sexta-feira, o lançamento das redes 5G na Coreia do Sul – através das operadoras de telecomunicações nacionais KT Corporation, a SK Telecom e a LG Uplus – acabou por acontecer na quarta-feira à noite, horas antes de a companhia norte-americana Verizon ligar a sua infraestrutura, ainda limitada, nas cidades de Minneapolis e Chicago.

Porém, as redes sul-coreanas apenas estiveram disponíveis, nestes dias, a algumas personalidades do país, sendo que os restantes clientes residentes na capital da Coreia do Sul, Seul, ou noutras grandes cidades se podem registar a partir de hoje.

O objetivo das empresas KT Corporation, SK Telecom e LG Uplus é disponibilizar 5G em 85 cidades do país até ao final do ano.

Nos Estados Unidos, a operadora Verizon anunciou na quarta-feira que iria ligar a sua rede 5G em áreas selecionadas de Minneapolis e Chicago, uma semana antes do previsto, mas estas infraestruturas estão, para já, apenas acessíveis com o ‘smartphone’ Moto Z3 da norte-americana Motorola, cujo sistema operativo é compatível com a nova infraestrutura.

Além dos países asiáticos, como a China, nesta ‘corrida’ está também a UE, com os Estados-membros a darem passos para que o 5G seja disponibilizado, de forma comercial, em pelo menos uma grande cidade por país até 2020 e para que haja uma cobertura mais abrangente até 2025.

Para monitorizar o que está a ser feito em cada país, o executivo comunitário criou o Observatório Europeu para o 5G, organismo segundo o qual, em janeiro deste ano, existiam 138 projetos-piloto em curso na UE, número que está de acordo com os objetivos de Bruxelas.

Ao todo, estas iniciativas abrangem 23 Estados-membros, numa média de seis testes por país.

No que toca ao espetro, os números ficam mais aquém, já que, em dezembro de 2018, apenas 6,7% tinha sido atribuído às operadoras.

“O 5G já está aí. Hoje, em todo o mundo, há notícias sobre a Coreia do Sul e os Estados Unidos, com a Verizon. Eles já têm redes 5G, ainda que limitadas, e estão a disponibilizar serviços comerciais”, observou Andrus Ansip à Lusa.

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