Goldenergy emite primeiro certificado de garantia de origem de biometano e espera aumentar quantidade importada

A Goldenergy  acaba de emitir o seu primeiro Certificado de Garantia de Origem de biometano, sendo esta a primeira operação com gás renovável em Portugal, através da AIB – Associação de Entidades Emissoras, o que permitiu a importação de biometano com origem em Espanha.

O certificado foi emitido a favor da Primus Vitoria, empresa de referência no setor da cerâmica e cristalaria que já passou a receber biometano por parte da Goldenergy, destacando-se esta como a primeira comercializadora portuguesa de gás natural a fornecer biometano com garantia de origem na rede de transporte de gás natural.

A comercializadora portuguesa de eletricidade 100% verde é o segundo maior player no fornecimento de gás natural no setor industrial, com uma quota de 26% do mercado.

Recorde-se que a Goldenergy e a Axpo Iberia – filial do grupo suíço Axpo formalizaram no ano passado a sua entrada no mercado do biometano em Portugal, após a decisão de lançar, em Vila do Conde, uma unidade de produção deste gás de origem renovável.

Para Miguel Checa, General Manager da Goldenergy, “esta nossa primeira operação com gás renovável em Portugal é mais um importante passo para o crescimento da empresa no mercado da energia, nomeadamente no segmento empresarial. A Goldenergy tem sido um parceiro próximo das empresas e do setor industrial. Um posicionamento que vamos consolidar, garantindo estabilidade de preços no gás natural a médio e longo prazo, num contexto de volatilidade externa”.

No passado mês de abril a Goldenergy realizou a primeira operação de importação de biometano, introduzindo pela primeira vez este gás renovável na rede nacional de transporte de gás natural. A quantidade de biometano importada nesta primeira fase é de 1.800.000 kWh/ano, número que a Goldenergy espera aumentar significativamente ao longo deste ano.

A produção deste biometano resulta do tratamento e valorização de resíduos sólidos urbanos e agropecuários em Espanha pelo Grupo Axpo (acionista suíço da Goldenergy).

Miguel Checa explica que “o desenvolvimento do biometano como fonte própria de energia renovável representa um marco estratégico para valorizar resíduos orgânicos, reduzir a dependência de fornecedores externos e tirar partido das redes e equipamentos de gás natural já instalados”.

“Ao transformar subprodutos em energia limpa, não só reforçamos a economia circular como aceleramos a transição para um sistema energético mais sustentável e resiliente. Estamos apenas no início desta jornada e acreditamos que o biometano será cada vez mais decisivo no nosso caminho rumo à descarbonização”, explica o CEO.