“Não detetei lá, espero não me ter enganado, nenhuma ligação familiar”. Esta foi uma das frases a que o antigo Presidente da República recorreu, dando como exemplo os governos que chefiou entre 1985 e 1995, para se demarcar do seu envolvimento na teia de relações familiares entre os membros do atual Governo, conhecido por “familygate”. Contudo o gabinete do antigo Chefe de Estado confirmou, na segunda-feira, que Cavaco Silva, como Presidente da República, nomeou a sua cunhada para assessorar a então primeira-dama Maria Cavaco Silva.
Segundo o “Observador“, Margarida Mealha Santos Silva, cunhada da mulher do Chefe de Estado e nomeada pela Casa Civil da Presidência, foi assessora no Palácio de Belém, no Gabinete de Apoio ao Cônjuge, para trabalhar diretamente com Maria Cavaco Silva. O gabinete do antigo Chefe de Estado assegurou, ainda, que a ligação familiar nunca foi tabu mas que Margarida Mealha Santos Silva nunca teve funções ligadas à ação politica e constitucional do Presidente da República.
A nomeação de Margarida Mealha Santos Silva não surgiu por ter uma ligação familiar, mas por “mérito” no seu percurso no setor privado. Margarida Mealha foi requisitada para Belém quando chefiava a Sadomarítima, uma empresa de navegação e trânsitos.
O Gabinete de Apoio ao Cônjuge foi criado durante a presidência de Jorge Sampaio e Cavaco Silva decidiu mantê-lo quando chegou a Belém. Maria Cavaco Silva, a primeira-dama.
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