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Espanhóis e franceses disputam Novobanco e TAP

As instituições espanholas CaixaBank e IAG concorrem com as francesas Grupo BPCE e Air France pela compra do Novobanco e da TAP, respetivamente. Já a companhia aérea Azores Airlines pode acabar nas mãos de um operador turístico e gestor de ativos suíço.
1 Junho 2025, 18h45

O tema é hoje noticiado pelo El Economista, que faz um apanhado das empresas portuguesas que estão na mira de companhias espanholas. As duas principais são o Novobanco e a TAP, mas o artigo é mais amplo e fala de empresas como a Padaria Portuguesa comprada pelo grupo espanhol Rodilla.

As instituições espanholas CaixaBank e IAG concorrem com as francesas Grupo BPCE e Air France pela compra do Novobanco e da TAP, respetivamente. Já a companhia aérea Azores Airlines pode acabar nas mãos de um operador turístico e gestor de ativos suíço.

De facto está prevista a venda de, pelo menos, 49% da TAP, reservando 5% para os trabalhadores e deixando de lado uma participação estatal minoritária ainda por definir. A avaliação da TAP está estimada em cerca de 1.000 milhões de dólares, embora o preço final dependa das negociações. Entre os potenciais compradores destacam-se a IAG, a Lufthansa e a Air France-KLM.

O El Economista dá o grupo IAG como favorito pela sua capacidade de integração das rotas aéreas preservando a sua identidade nacional e a complementaridade da TAP com a Península Ibérica, criando um gigante ibérico capaz de dominar o mercado transatlântico. O seu principal concorrente é a Air France-KLM, que confirmou a sua intenção de aquisição até 49% e conta com o apoio do governo francês. A Lufthansa também está interessada, embora a sua intenção de aquisição não supere os 19,9% para evitar o filtro de Bruxelas.

Entre as condições impostas pelo governo português destacam-se a obrigação de manter a marca TAP, conservar o seu hub em Lisboa e garantir as rotas estratégicas para o Brasil, Angola e Moçambique, além da criação de emprego e do desenvolvimento do setor aeronáutico nacional.

Além disso, no sector aéreo português está também em marcha a privatização da Azores Airlines, filial do grupo SATA e que garante a conectividade com a região autónoma. Depois de ter recebido um resgate estatal de 453,25 milhões de euros em 2022, a empresa está em processo de privatização, com uma venda entre os 51% e os 85% do seu capital.

O consórcio formado pela Newtour e pela gestora MS Aviation é o único concorrente após a retirada do consórcio Atlantic, composto por cinco empresas locais.

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