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Mais de 60% das empresas não controlam solvência dos seus clientes

Além disso, 95% não dispõem de qualquer manual interno que defina a política de riscos comerciais e, em 27% dos casos, não existe um departamento responsável pela sua gestão, revela estudo da Crédito y Caución e Iberinform.
5 Junho 2025, 16h35

Um estudo recente sobre a Gestão do Risco de Crédito em Portugal, promovido pela Crédito y Caución e pela Iberinform, revela diversas deficiências na política de riscos comerciais das empresas nacionais.

Apenas 16% das empresas portuguesas implementaram comités de risco comercial que permitem a revisão, aprovação e recomendação de limites na exposição ao risco, o que compromete o controle sistemático da evolução das suas carteiras de clientes.

De acordo com os dados obtidos a partir da consulta a mais de 300 gestores, 63% das empresas inquiridas não utilizam critérios de solvência na seleção de clientes.

Além disso, 95% não dispõem de qualquer manual interno que defina a política de riscos comerciais e, em 27% dos casos, não existe um departamento responsável pela sua gestão.

A influência da direção de topo na definição da política de riscos comerciais é significativa, uma vez que 48% dos principais executivos das empresas estão diretamente envolvidos na gestão do risco de crédito.

Contudo, a existência de unidades especializadas na gestão de risco permanece reduzida, com apenas 8% das empresas a contar com áreas dedicadas a esta função.

A gestão técnica da política de riscos comerciais é frequentemente atribuída aos departamentos financeiros, que representam 47% das empresas, enquanto 18% das empresas coordenam essa gestão com as direções comerciais, responsáveis pela gestão direta da carteira de clientes e pela prospeção de vendas no mercado.

Este panorama evidencia a necessidade de uma revisão e reforço das práticas de gestão de risco nas empresas portuguesas, de forma a garantir uma maior solidez e sustentabilidade no contexto económico atual.

 

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