Uma análise do Portal da Queixa revela um aumento expressivo nas reclamações dirigidas à Carris. Nos primeiros cinco meses de 2025, o número de queixas contra a empresa subiu mais de 70,4%, face aos últimos cinco meses de 2024, refletindo uma crescente insatisfação dos passageiros.
Os dados mostram que, desde o início do ano, as reclamações mantêm uma tendência crescente mensal, verificando-se um aumento de 162% no mês de maio, quando comparado com janeiro.
As principais reclamações dirigidas à Carris dizem respeito a atrasos e incumprimento de horários, representando 38% do total de reclamações. São reportados casos de passageiros que enfrentam esperas prolongadas e atrasos frequentes.
Há também relatos de má conduta e comportamento inadequado por parte dos motoristas, motivos que geraram19,3% das denúncias. Referem-se a queixas relativas a atitudes desrespeitosas, falta de cortesia ou conduta imprópria por parte de motoristas e funcionários da Carris.
Na origem de 16,6% dos casos está a falta de qualidade do serviço. Há críticas ao desconforto, ao excesso de lotação, à baixa frequência ou insatisfação geral com a experiência do transporte.
Os problemas na cobrança e pagamento foram apontados em 12% das reclamações.
Falhas técnicas e nos veículos e a falta de informação e comunicação foram outros problemas mencionados pelos passageiros da Carris.
Em termos de perfil dos consumidores, verifica-se que a maioria das queixas é apresentada por mulheres (55,8%), destacando-se a faixa etária entre os 25 e os 34 anos, que representa 30% das reclamações deste ano.
De referir que, os indicadores de performance da Carris no Portal da Queixa revelam que a empresa tem um Índice de Satisfação (IS) avaliado pelos consumidores como “ótimo”, com 71 pontos (em 100), tendo ainda uma taxa de solução de 98,6%, o que significa o cuidado da transportadora em dar resposta aos clientes.
Recorde-se que, a Carris está a cumprir uma semana de greve com paragens parciais que começaram no dia 2 de junho e terminam a 6 de junho.
A transportadora lisboeta – que opera o serviço público rodoviário da cidade e também elétricos e ascensores de rua – convocou ainda uma greve total no dia 12 de junho, na véspera de Santo António.
Os trabalhadores da empresa lisboeta reivindicam um aumento salarial e a diminuição do horário de trabalho de 40 para 35 horas.
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