Junção da Economia e da Coesão Territorial ajuda na execução do PRR, defende Pedro Dominguinhos

O Presidente da Comissão de Acompanhamento do PRR, Pedro Dominguinhos, considera que a junção sob a mesma tutela da Economia e da Coesão Territorial pode dar mais “poder de fogo” à execução dos fundos europeus e, em concreto, ao PRR.

Em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, Pedro Dominguinhos defende que a junção destes dois ministérios pode trazer mais eficácia e colocar os diferentes organismos a articularem-se melhor entre si. O responsável diz mesmo que pode melhorar a eficácia porque uma das críticas que tem existido é a falta de músculo financeiro do ministério da Economia.

A 15 meses do fim do PRR, o presidente da Comissão de Acompanhamento do programa diz que “a prioridade tem de ser a eficácia e a articulação” e, neste sentido, refere que é preciso melhor articulação entre os organismos da administração publica pois “a lógica de quintal não pode permanecer”.

Pedro Dominguinhos diz esperar continuar a trabalhar como até agora, uma vez que nunca sentiu tentativas de interferência por parte de qualquer governo, mas lamenta não ser chamado para as reuniões da Comissão Interministerial do PRR.

O Presidente da Comissão de Acompanhamento acredita que até ao final do ano vai ser necessário apresentar nova reprogramação do PRR  e que há vários projetos, considerados como críticos, que não vão estar concluídos no fim do prazo. O responsável dá como exemplos os centros de acolhimento de empresas, a rede de cuidados continuados e os vales aceleradores do comercio digital.

Pedro Dominguinhos admite que seja possível transferir investimento com uma boa execução dos empréstimos para as subvenções, como é o caso de dois grandes projetos, o alojamento estudantil a custos acessíveis e as agendas mobilizadoras. No entanto alerta que até ao final do ano os números de investimentos concluídos não vão disparar, pois alguns projetos nem saíram ainda do papel e, por falta de tempo útil, vão ter de sair do PRR numa próxima reprogramação.

O Presidente da Comissão de Acompanhamento do PRR aconselha um acompanhamento de proximidade para se conseguir cumprir prazos e dá alguns exemplos da falta deste acompanhamento.