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Ministério das Finanças vende 11,46% do Novobanco ao BPCE

Esta venda, associada à distribuição de dividendos do Novobanco que ocorreu este ano, permite ao Estado recuperar quase 2 mil milhões de euros dos fundos públicos injetados na instituição, conclui o Governo.
O ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, participa na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, no Ministério das Finanças, em Lisboa, 16 de janeiro de 2025. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
13 Junho 2025, 09h38

Foi comunicada oficialmente a posição do Ministério das Finanças sobre Memorando de Entendimento para venda do Novobanco. Depois de ter sido, hoje, tornado público que a Lone Star aceitou uma oferta de venda dos 75% que detém no Novobanco ao BPCE (Banque Populaire Caisse d’Epargne), o Governo português diz que vai acompanhar a venda da Lone Star, alienando a posição que o Ministério das Finanças controla diretamente.

Com a venda, o Estado vai encaixar 733,4 milhões de euros dado o valor global de 6,4 mil milhões de euros da operação.

O Ministério diz que o BPCE é o segundo maior banco francês, um dos maiores bancos europeus e um banco de estrutura cooperativa.

“Esta operação conclui um longo processo, iniciado com a resolução do BES e a posterior alienação, em 2017, do Novobanco à Lone Star, contribuindo para salvaguardar a estabilidade do sistema financeiro português”, acrescenta.

“A compra por parte do BPCE representa para Portugal um sinal muito importante de confiança dos investidores internacionais no nosso país e na economia nacional”, destaca o Ministério liderado por Joaquim Miranda Sarmento.

“O BPCE é um banco de elevada credibilidade, solidez e performance. A proposta do BPCE permitirá a criação de valor e o apoio à economia nacional e às empresas portuguesas”, diz o Governo que acrescenta que “adicionalmente, esta operação garante uma maior diversificação dos investidores e acionistas dos bancos que operam em Portugal, evitando assim uma desnecessária concentração geográfica, como o Governo advertiu e se mostrou contra”.

Esta operação “também garante a manutenção da atual estrutura do mercado bancário nacional, sem que ocorram problemas resultantes de um eventual processo de concentração, nomeadamente de uma reestruturação, e salvaguarda os níveis de concorrência no sistema bancário português”.

Por último, esta venda, associada à distribuição de dividendos do Novobanco que ocorreu este ano, permite ao Estado recuperar quase 2 mil milhões de euros dos fundos públicos injetados na instituição, conclui o Governo.

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