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BRP escreve carta a Ursula Von Der Leyen para pedir reforço da indústria europeia

O documento pede à presidente da Comissão Europeia mais concorrência, indústria e União dos Mercados de Capitais.
Orçamento Carlos Moreira da Silva Associação BRP Business Rountable
17 Junho 2025, 09h27

A Associação Business Roundtable Portugal (BRP) enviou uma carta à presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, a alertar para as fragilidades da Estratégia para o Mercado Único, apresentada no passado mês de maio.

Na carta, assinada pelo presidente do BRP, e enviada ontem, a associação teme que a estratégia se torne num “exercício tecnocrático com impacto imediato limitado”, não cumprindo todo o seu potencial se não for implementada com sentido de urgência. Além disso, a BRP recomenda à presidente da Comissão Europeia que elimine a fragmentação regulamentar, apoie o crescimento de grandes empresas, reforce a indústria europeia e reforme a política de concorrência.

A BRP pede à UE que avance com medidas concretas para simplificar e harmonizar regras entre Estados-Membros, eliminando os chamados “acréscimos nacionais”, que funcionam como barreiras internas e aumentam significativamente os custos para empresas e consumidores.

A carta apela ainda que o setor industrial seja reposicionado como prioridade estratégica, tendo em conta o seu peso nas exportações e o seu papel crítico na autonomia produtiva da Europa. Além de incentivar PME, a associação sublinha a necessidade de promover o crescimento de empresas de grande escala, essenciais para criar “campeões europeus” com capacidade de competir globalmente.

“Registamos com preocupação que o ritmo de tomada de decisões e de implementação delineado nesta estratégia contrasta fortemente com as ações rápidas e decisivas tomadas pela atual administração dos EUA. Embora concordemos com a necessidade de acelerar a tomada de decisões, é vital manter a consistência e a credibilidade, evitando as armadilhas de mudanças abruptas de direção, como visto em algumas abordagens políticas recentes dos EUA”, afirmou a Associação Business Roundtable Portugal.

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