A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa anuncia o lançamento do primeiro chatbot para a língua portuguesa baseado em IA aberta: https://evaristo.ai/.
Evaristo.ai foi desenvolvido pelo NLX – Grupo de Fala e Linguagem Natural e sua spinoff OUSAR.AI, com a mesma equipa pioneira que criou os primeiros LLMs abertos específicos para a língua portuguesa, os modelos Albertina (codificadores), Serafim (vetorizadores) e Gervásio (descodificadores), que agora podem também ser ativados na jukebox.
Inaugurado por ocasião dos Santos Populares, no ambiente de “O Pátio das Cantigas” do respondão Evaristo, este chatbot é disponibilizado pela PORTULAN CLARIN – Infraestrutura de Investigação para a Ciência e Tecnologia da Linguagem.
” Trata-se do primeiro chatbot para o português que é multi-modelo e multi-heterónimo, sendo também agentivo multi-extensão e multi-modal”, adianta a Faculdade em comunicado enviado à nossa redação, explicando: “é multi-modelo por o utilizador poder, em cada ocasião, escolher o modelo (LLM) em que baseia o seu chatbot, a partir de uma jukebox de modelos. É multi-heterónimo porque, podendo escrever livremente a prompt do sistema, o utilizador pode redesenhar a persona que em cada ocasião pretende que o seu chatbot assuma”.
Evaristo.ai constitui uma plataforma de IA aberta para a língua portuguesa, uma vez que, explica a Faculdade, permite a utilização, ensaio e comparação de diferentes Grandes Modelos de Linguagem (LLMs) para a língua portuguesa. Modelos que são amplamente abertos, em termos de código, de licença e de distribuição, possibilitando explorar vantagens e evitar desvantagens de cada um.
O documento esclarece ainda que o chatbot Evaristo.ai não rastreia os seus utilizadores nem passa os conteúdos destes a entidades terceiras, salvaguardando a privacidade dos utilizadores e a propriedade dos seus conteúdos. “Não se baseia na intermediação, revenda ou adaptação de chatbots terceiros ou de serviços de IA generativa de empresas ou organizações terceiras, nem explora comercialmente os dados dos utilizadores”, acrescenta.
“Trata-se de um marco decisivo na democratização da tecnologia generativa, através da IA aberta, ao incentivar cada vez mais entidades a avançarem com os seus próprios serviços de IA, radicados nos seus próprios computadores, e focados nos seus casos de uso concretos. É um marco importante na promoção da soberania linguística e cultural”, assinala António Branco, coordenador da equipa do Evaristo.ai e professor no Departamento de Informática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
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