A líder parlamentar do Livre, Isabel Mendes Lopes, considerou que o Programa do Governo, apresentado pelo executivo liderado por Luís Montenegro, “não está à altura” do momento histórico que se vive.
Isabel Mendes Lopes considerou que o Programa do Governo apresentado pelo executivo “não é” o que o país precisa, acrescentando que o Livre será uma oposição “construtiva mas sempre atenta”, e anunciou que o partido vai votar a favor da moção de censura do PCP.
A afirmação foi feita durante o discurso de encerramento do debate do Programa do Governo que decorre esta quarta-feira na Assembleia Legislativa da República.
Isabel Mendes Lopes durante a sua intervenção defendeu que é tempo de enfrentar os líderes da Rússia e de Israel, Vladimir Putin e Benjamin Netanyahu.
A líder parlamentar do Livre disse ainda que os democratas “têm de saber de que lado estão” quer dentro como fora de portas, e considerou “incompreensível” que o Governo português se recuse a reconhecer a Palestina e em condenar o Governo de Israel.
Durante o debate de encerramento do Programa de Governo a líder parlamentar do Livre considerou que Portugal “precisa de um novo modelo de desenvolvimento” e acusou o Governo de continuar a apostar numa política fiscal que “aprofunda as desigualdades” e que traz o “papão” da imigração.
Isabel Mendes Lopes deixou ainda críticas à postura do Governo português relativamente ao dossier migratório. Para a parlamentar do Livre, Portugal “deve honrar a sua história” ao nível da imigração e da emigração e defendeu que é preciso tratar os imigrantes como “seres humanos”, e alertou que não se deve “ir a reboque de práticas divisionistas”, práticas que no entender da parlamentar o Governo “não está a fazer”.
A parlamentar alertou também para o “aumento do discurso de ódio e violência” e considerou que o Governo “deve levar isto a sério”.
A líder parlamentar do Livre considerou também que os preços da habitação são “absurdos face ao rendimentos das pessoas” e que a “desgraça na habitação é um garrote” na economia, pelo que uma agenda transformadora para Portugal tem de “meter a habitação na base”.
A deputada da força partidária deixou ainda um recado ao Governo ao afirmar que uma agenda transformadora que não inclui “ciência, ensino superior, cultura, que não aposta no conhecimento” mostra a “falta de ambição de verdadeiramente transformar” Portugal.
Isabel Mendes Lopes considerou ainda que o Programa do Governo lembra um passado recente de “austeridade”, de “desrespeito” pelos trabalhadores, e de um “país que deve ser um país de salários baixos sem ambição”.
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