O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, anunciou este domingo, 22 de junho, estar em curso a criação da figura do inspetor-geral do Estado, para “cavar” as barreiras ao desenvolvimento e lidar com a corrupção no setor público do país.
“Nós, neste momento, temos várias inspeções ao nível do Estado e estamos a trabalhar na criação da figura da inspeção, ao nível da Presidência, onde vamos ter um inspetor-geral do Estado […]. Nós já começamos a fazer esse trabalho”, declarou Daniel Chapo, numa entrevista coletiva, incluindo a Lusa, em Maputo.
Para o chefe de Estado, o objetivo principal da criação desta figura é “cavar” tudo aquilo que cria barreiras para o desenvolvimento de Moçambique, “incluindo atos de corrupção ao nível da função pública”.
“É preciso que, quando há denúncias ao nível da função pública de atos de corrupção, a inspeção-geral do Estado, liderada por um inspetor que presta contas diretamente ao Presidente da República, possa ir ao terreno, investigar e, se apurar a verdade, as medidas devem ser tomadas”, defendeu na entrevista, no âmbito dos 50 anos da proclamação da independência de Moçambique, que se assinalam em 25 de junho.
Segundo Chapo, é a primeira vez, em décadas, que o Governo trabalha na questão desta figura, que vela pela fiscalização interna das ações da administração pública.
“Já houve, na altura, nos anos 80, do Presidente Samora Machel […] um inspetor do Estado, ao nível da Presidência da República”, recordou.
O chefe de Estado defendeu ainda a necessidade a necessidade de “reformas profundas” para um Estado e uma sociedade diferente, com funcionários e dirigentes cientes que são, na verdade, “empregados do povo”, estando, principalmente, “para servir do que para se servir”.
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