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Espanha recusa gastar 5% em defesa e chega a acordo com NATO nesse sentido

Pedro Sánchez, revelou esta tarde numa declaração institucional no Palácio de Moncloa, em Madrid, que seria desproporcionado e desnecessário “chegar a 5% do PIB, embora outros o façam”.
22 Junho 2025, 18h14

O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, anunciou este domingo ter chegado a “um acordo muito positivo” com a NATO, que isenta o país de se comprometer a gastar 5% do PIB em defesa.

Sánchez disse que um gasto de 2,1% é suficiente para “manter todo o pessoal e equipamento” da política de defesa espanhola: “Nem mais nem menos”, afirmou, citado pelo jornal elEconomista. Seria desproporcionado e desnecessário “chegar a 5% do PIB, embora outros o façam”, afirmou. 

“Respeitamos o desejo legítimo de outros países de aumentar sua inversão em defesa, se assim o quiserem, mas nós não vamos fazê-lo”, afirmou pouco depois das seis da tarde no Palácio da Moncloa, onde leu uma declaração institucional.

Fontes governamentais referiram à agência espanhola EFE que Sánchez e o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, estiveram em contacto durante o fim de semana.

O compromisso dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) em relação a estas despesas será um dos principais temas da cimeira da NATO que se realiza esta terça e quarta-feira em Haia.

Na sexta-feira, o Presidente norte-americano, Donald Trump, tinha defendido que a meta de 5% do PIB para gastos de Defesa dos países-membros da NATO não deveria aplicar-se a Washington, e criticou Espanha por “pagar pouco” no âmbito da Aliança Atlântica.

Em resposta a estas críticas, no sábado, a ministra do Trabalho e vice-presidente do Governo espanhol, Yolanda Díaz, disse que Espanha é soberana e “não vai fazer o que ele quer”.

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