Governo quer papel mais ativo e ágil da AICEP no aumento das exportações

O Governo quer um papel mais ativo e ágil da AICEP no aumento das exportações, disse hoje à Lusa fonte oficial do Ministério da Economia, adiantando que o pagamento de indemnização do ex-presidente será tratado dentro do enquadramento legal.

Ricardo Arroja foi substituído por Madalena Oliveira e Silva na presidência da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), de acordo com uma Resolução do Conselho de Ministros (RCM) na segunda-feira.

Questionada pela Lusa sobre a razão desta substituição, fonte oficial do Ministério da Economia e da Coesão Territorial, liderado por Manuel Castro Almeida, disse que se pretende “imprimir uma nova dinâmica aos serviços, aproveitando os seus melhores recursos e mobilizando as equipas existentes”.

A aposta “no crescimento das exportações obriga a um papel mais ativo, mais ágil e mais presente por parte da AICEP”, prosseguiu a mesma fonte, apontando um “perfil mais próximo das empresas que possa agilizar todos os processos de apoio ao tecido empresarial”.

A substituição de Ricardo Arroja acontece 19 dias depois deste ter cumprido um ano à frente da AICEP (entrou em funções em 04 de junho de 2024).

Relativamente ao pagamento de indemização a Ricardo Arroja, a mesma fonte adiantou que “a questão será tratada pelos serviços da AICEP, dentro do enquadramento legal vigente”.

Em 03 de junho de 2024, o Governo, que tinha como ministro da Economia Pedro Reis, dissolveu a administração da AICEP liderada por Filipe Santos Costa, a três dias deste completar um ano na presidência (assumiu o cargo em 05 de junho de 2023).

Na altura, o Governo justificou a mudança de administração da agência responsável por captar investimento com o objetivo de dar um “novo impulso e visão à AICEP”, de acordo com o programa do executivo.

Agora, Madalena Oliveira e Silva, que já era administradora, assume as rédeas da agência e é a primeira mulher a liderar a AICEP.