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Bolsas europeias registam perdas apesar dos máximos em Wall Street

Lisboa encerrou com perdas superiores às registadas nas principais praças do continente, fruto do tombo na capitalização da EDP Renováveis, que resulta de medidas menos favoráveis às energias verdes por parte de Donald Trump. Em sentido oposto, houve máximos históricos na bolsa de Nova Iorque.
1 Julho 2025, 07h00

Os principais mercados europeus registaram um dia maioritariamente negativo, que se estendeu a Lisboa, onde a EDP Renováveis foi a mais castigada pelos investidores. O sentimento contraria os máximos históricos alcançados em Nova Iorque, antes de serem conhecidos dados da inflação na zona euro e do PMI Industrial nos EUA.

A bolsa de Lisboa terminou a sessão desta segunda-feira a negociar em terreno negativo, castigada sobretudo pela EDP Renováveis, que registou uma desvalorização superior a 4%. De resto, o pessimismo estendeu-se às mais importantes praças europeias.

Registaram-se decréscimos de 0,46% no Reino Unido, 0,35% na Alemanha, 0,33% em França e 0,03% em Itália, ao passo que Espanha se adiantou 0,16%. O índice Euro Stoxx 50 deu força ao sentimento de perda, já que recuou 0,38%.

Por cá, o PSI perdeu 1,16% até aos 7.436 pontos, penalizado pelas ações da EDP Renováveis, que derraparam 4,29% para 9,48 euros. A casa-forte EDP foi arrastada por aquela variação e recuou 1,40% para 3,669 euros.

A empresa de energias verdes viu-se penalizada por decisões que chegam dos EUA. A administração liderada por Donald Trump avançou no Senado com um conjunto de medidas que envolvem a redução dos apoios públicos a projetos como parques eólicos e solares, que são duas grandes apostas da empresa.

Ao mesmo tempo, a Mota-Engil contraiu 1,51% e ficou-se pelos 3,78 euros, ao passo que a Corticeira Amorim perdeu 1,36% até aos 7,96 euros.

Wall Street em alta

O sentimento negativo contrastou com o ânimo vivido em Wall Street, cuja performance no primeiro semestre até foi inferior à das bolsas europeias. Os máximos históricos alcançados por índices como o S&P 500 são um sinal dado pelos investidores de novo ganho de confiança na economia norte-americano.

Inflação europeia e indústria americana em foco

Esta terça-feira, vão ser conhecidos dados económicos de peso. No caso do bloco europeu, destaque para os dados preliminares referentes à taxa de inflação em junho. Recorde-se que, no mês anterior, foi observada uma subida homóloga de 1,9%.

Por outro lado, nos EUA vai ser conhecido o Índice PMI Industrial em junho, na sequência dos 52,0 pontos alcançados em maio. Vão ainda ser divulgados outros dados de relevo, em vertentes como o emprego, construção e novas encomendas, na economia norte-americana.

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