São João “bate” Santo António na faturação de 2025 da Reduniq

A Reduniq, da Unicre, divulgou o seu relatório sobre pagamentos registados por cartão na sua rede de aceitação de pagamentos, por ocasião dos Santos Populares.

Os festejos dos Santos Populares continuam a ser um momento alto para a economia local, com os residentes e turistas a aproveitarem para festejar nas ruas das diferentes cidades. O Reduniq Insights, o relatório que analisa a evolução dos pagamentos registados por cartão na sua rede de aceitação de pagamentos, lançou uma edição dedicada ao impacto económico do Santo António, no concelho de Lisboa, e do São João, no concelho do Porto, revelando que a subida da faturação no Norte do País foi mais expressiva, apesar da descida do ticket médio.

Segundo a análise efetuada, a faturação registada pelos negócios no Porto por via de pagamentos por cartão nos dias 23 e 24 de junho subiu 11,37%, face ao mesmo período de 2024, tendo o crescimento sido mais expressivo no dia 23 de junho (20,62%).

Apesar da faturação dos consumidores nacionais ter aumentado significativamente face ao registado pelos cartões de origem estrangeira (22,24% versus 1,44%), ambos têm um peso significativo na performance dos negócios da região.

Os cartões de origem nacional representaram 52,40% da faturação e os cartões estrangeiros 47,60%.

Por sua vez, a faturação registada em Lisboa nos festejos do Santo António, a 12 e 13 de junho, cresceu 4,53%, em comparação com o ano anterior, com destaque para o dia 13 de junho (7,52%).

Os consumidores nacionais também gastaram mais no Santo António face a 2024 (11,54%), enquanto a faturação de origem estrangeira baixou 2,04%. Também na região de Lisboa, ambos os mercados são significativos, com o nacional a representar 51,62% da faturação e o estrangeiro 48,38%, revela o relatório.

Quando analisado o valor médio gasto nas festas populares, o Reduniq Insights registou uma descida de 3,16% do ticket médio no Porto, face a 2024, para os 22,90 euros.

Em Lisboa, o valor médio gasto manteve-se praticamente inalterado, com uma subida residual de 0,03%, para os 33,31 euros.

A análise revela, também, que o ticket médio de origem estrangeira é significativamente mais elevado do que o nacional em 75% no Porto e 89% em Lisboa.

Já no Porto, o valor médio gasto por cartões de origem nacional foi de 18,23 euros, o que contrasta com os 31,91 euros de ticket médio estrangeiro.

Em Lisboa, os cartões nacionais registaram um gasto médio de 25,69 euros e os estrangeiros de 48,71 euros.

Relativamente às transações estrangeiras, os EUA, a Irlanda e o Reino Unido integram o top 3 de nacionalidades com maior número de cartões a serem utilizados em negócios em ambos os concelhos.

Os turistas germânicos foram os que tiveram uma maior variação positiva da faturação face a 2024 em ambos os concelhos: 19,81% no Porto e 43,18% em Lisboa.

Destacamos, também a performance dos turistas irlandeses, que registaram uma subida da faturação de 18,25% no concelho do Porto, em comparação com o ano passado, mas uma queda de 13,45% no concelho de Lisboa.

Nos dias em análise, o Porto recebeu turistas oriundos de 132 países. Já o concelho de Lisboa, nos dias 12 e 13 de junho de 2025, verificou a presença de turistas de 158 países.

Por fim, na análise por setores, as gasolineiras e o retalho alimentar tradicional foram os negócios que verificaram o maior nível de gastos nos dois municípios.

Nas gasolineiras, a variação foi positiva em 38,68% no Porto e em 72,52% em Lisboa, face aos mesmos períodos de 2024. Na rubrica retalho alimentar tradicional, os gastos aumentaram 42,70% no Norte e 56,66% em Lisboa.