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Bolsas negociam no ‘vermelho’ após sinais de cautela dos bancos centrais

O sentimento foi maioritariamente negativo entre as mais importantes bolsas europeias, à medida que aumentam os receios referentes às tarifas que deverão ser anunciadas por Donald Trump na próxima semana. No Fórum do BCE, Christine Lagarde sinalizou que o banco central vai adotar uma postura mais preventiva no que diz respeito aos juros.
2 Julho 2025, 07h00

As principais bolsas europeias encerraram a sessão maioritariamente em terreno negativo na terça-feira, coincidindo com o evento que junta em Sintra os líderes de alguns dos maiores bancos centrais. Ainda assim, em Lisboa, registaram-se ganhos significativos.

O índice PSI subiu 1,85% e alcançou os 7.594 pontos, fruto de subidas expressivas em diversos setores. As ações da EDP Renováveis recuperaram grande parte da queda registada na véspera, ao valorizarem 3,54%, para 9,81 euros, enquanto a Jerónimo Martins subiu na mesma proporção, até aos 22,24 euros. Simultaneamente, a Sonae somou 3,48%, para 1,25 euros.

A Altri avançou 2,67%, até aos 5,00 euros, enquanto a NOS cresceu 2,33%, para 3,96 euros. Em sentido oposto, a maior descida entre as cotadas do PSI foi protagonizada pelo BCP, cujos títulos contraíram 0,33%, até aos 0,6584 euros.

Entre os índices europeus de maior importância, o sentimento foi bastante diferente. Registaram-se decréscimos de 0,80% na Alemanha, 0,04% em França e 0,01% em Espanha, enquanto o índice agregado Euro Stoxx 50 teve uma queda de 0,47%. Em terreno positivo ficou unicamente o Reino Unido, uma vez que o FTSE 100 ganhou 0,32%.

Estes movimentos estão relacionados com receios sobre as futuras tarifas comerciais da administração de Donald Trump, que deverão ser apresentadas no dia 9 de julho. O dia ficou também marcado pelo Fórum do BCE, em Sintra, onde estiveram reunidos Christine Lagarde e Jerome Powell, entre outros nomes sonantes.

A presidente do BCE salientou os dados da inflação referentes a junho, que apontam para uma subida homóloga de 2,0% (aceleração face a 1,9% em maio), sublinhando que se trata de um “objetivo alcançado”. Tomou ainda uma abordagem hawkish/dura, ao afirmar que o banco central passa agora a procurar reagir preventivamente contra a inflação, ao invés da política reativa que vinha a seguir.

Recorde-se que as taxas de juro de referência do BCE estão nos 2,00% para depósitos e 2,15% para crédito.

Fecho do Fórum do BCE marca próximas horas

O evento referido termina nesta quarta-feira e vai estar no centro das atenções durante a sessão desta quarta-feira, tendo por base eventuais sinais que as lideranças dos bancos centrais poderão deixar.

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