O Presidente russo, Vladimir Putin, defendeu hoje, numa conversa telefónica com o homólogo francês Emmanuel Macron, que qualquer acordo de paz na Ucrânia deve ser de “longo prazo” e que o Ocidente é o responsável pelo conflito.
Na conversa telefónica, a primeira desde 11 de setembro de 2022, quer o Kremlin quer o Palácio do Eliseu adiantaram que os dois chefes de Estado analisaram o conflito russo-ucraniano e a situação no Médio Oriente após os bombardeamentos israelitas e norte-americanos no Irão, bem como o programa nuclear iraniano.
Segundo a presidência francesa, Macron pediu a Putin um cessar-fogo na Ucrânia “o mais rápido possível” e salientou que continuará a conversar com o homólogo russo para também se conseguirem “ações coordenadas para conter o programa nuclear iraniano”.
“[Macron] ressaltou o apoio inabalável da França à soberania e integridade territorial da Ucrânia” e “pediu o estabelecimento, o mais rápido possível, de um cessar-fogo e o início de negociações entre a Ucrânia e a Rússia para uma solução sólida e duradoura para o conflito”, indicou, num comunicado, o gabinete presidencial francês.
Putin, por seu lado, e segundo o Kremlin, avisou Macron que qualquer acordo de paz na Ucrânia deve ser de “longo prazo” e considerou que o Ocidente é “o responsável” pelo conflito, que dura há mais de três anos.
Para o Presidente russo, o conflito na Ucrânia é “uma consequência direta das políticas dos Estados ocidentais”, que “durante muitos anos ignoraram os interesses de segurança da Rússia”. Putin acrescentou que esses países “criaram na Ucrânia uma ponta de lança antirrussa” e agora contribuem “para a continuação das hostilidades, ao fornecerem armamento moderno ao regime de Kiev”.
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