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Vendas globais da Tesla afundam e analistas já preveem segunda quebra anual consecutiva

A companhia esperava já estar a beneficiar da venda da nova versão do Model Y, mas não aconteceu. Os analistas não acreditam que a companhia consiga crescer nas vendas este ano.
Musk
2 Julho 2025, 18h31

As vendas globais da Tesla afundaram 13% no segundo trimestre face a período homólogo para mais de 384 mil unidades. A companhia conta agora com um défice de 110 mil unidades para conseguir regressar ao crescimento este ano.

As vendas conseguiram superar as estimativas mais pessimistas dos analistas, que apontam para um tombo acima de 20%. Entre as causas para esta queda encontra-se a feroz concorrência dos rivais, mas também a rejeição por parte dos consumidores à entrada de Elon Musk no mundo da política com apoios à extrema-direita na Alemanha e uma amizade com Donald Trump, e também ao envelhecimento dos modelos da marca, face a inúmeras novidades no mercado.

A companhia esperava já estar a beneficiar da venda da nova versão do Model Y, mas a feroz concorrência da BYD e Xiami na China e da General Motors nos EUA minimizou o impacto da chegada do novo modelo.

E há mais nuvens de tempestade no horizonte, pois o Congresso dos EUA prepara-se para aprovar cortes nos cheques para a compra de carros elétricos, o que pode vir a agravar a queda nas vendas.

A companhia sinalizou em abril que previa lançar novos modelos a preços mais competitivos ainda na primeira metade do ano, o que não aconteceu.

Os analistas preveem agora que a empresa sofra a segunda quebra consecutiva nas vendas: um inquérito da “Bloomberg” junto de analistas concluiu que a companhia deverá entregar este ano 1,65 milhões de veículos, menos 8% face a 2024.

“Os números das vendas continuam fortes e não vemos problemas com a procura”, disse Elon Musk a 20 de maio no Qatar, uma frase que envelheceu mal.

Elon Musk voltou a assumir as rédeas da empresa após a muito polémica passagem pelo Governo de Donald Trump, que terminou com os dois a cortarem relações, e com o presidente a ameaçar deportar o empresário para a África do Sul, o seu país de origem.

Entretanto, o responsável de vendas na Europa e América do Norte, Omead Afshar, deixou a empresa.

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