A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) manifestou esta tarde, quarta-feira, uma preocupação pelo impasse que se verifica no transporte de matérias perigosas e chama a atenção dos diversos intervenientes para os danos que a manutenção desta situação está a causar a empresas e trabalhadores.
Na nota enviada às redações a confederação portuguesa sublinha que “esta é uma situação que só pode ser resolvida pelo diálogo, mas este não pode ocorrer numa situação em que toda a economia se encontra refém de uma situação”.
Em causa está a greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00:00 de segunda-feira, e que foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.
Atualmente, dos quase 2.800 mil postos de combustível listados na base de dados da plataforma “Já Não Dá para Abastecer”, ainda existem 113 postos de combustível onde é possível abastecer gasóleo. Já o número de postos onde ainda há gasolina, atinge o total de 804 bombas.
A CIP apela ao Governo para que exerça a máxima influência junto das partes para que seja criada uma base negocial e que tenha a consciência de que a situação que se verifica afeta Portugal como um todo, sendo penalizadora da generalidade dos agentes económicos. O que aconteceu nos últimos dias exige, também, uma reflexão profunda sobre sectores críticos para a nossa economia e a sua vulnerabilidade,
conclui o comunicado.
https://jornaleconomico.pt/noticias/crise-dos-combustiveis-54-postos-no-porto-e-nove-em-lisboa-vao-ser-reabastecidos-saiba-quais-435067
Na terça-feira, gerou-se a corrida aos postos de abastecimento de combustíveis, provocando o caos nas vias de trânsito.
O primeiro-ministro admitiu hoje alargar os serviços mínimos e adiantou que o abastecimento de combustível está “inteiramente assegurado” para aeroportos, forças de segurança e emergência.
No final de tarde de ontem, o Governo declarou a “situação de alerta” devido à greve, avançando com medidas excecionais para garantir os abastecimentos e, numa reunião durante a noite com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e o sindicato, foram definidos os serviços mínimos.
Militares da GNR estão de prevenção em vários pontos do país para que os camiões com combustível possam abastecer e sair dos parques sem afetarem a circulação rodoviária.
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